Nova Iguaçu entrega mais de 40 órteses e reduz a fila de espera em 80
Os pacientes atendidos no Centro de Atenção à Saúde Funcional (CASF) Ramon Pereira de Freitas estão recuperando sua autonomia. Com a aceleração da produção da oficina de órteses — como mãos e braços — a Prefeitura de Nova Iguaçu entregou 44 novos dispositivos, reduzindo em 80% a fila de espera, que passou de 104 para 25. O volume é um dos maiores já registrados pela unidade.
A produção levou três dias e reuniu equipes de diferentes setores da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Os pacientes ou seus responsáveis foram convocados e todo o atendimento aconteceu em uma única etapa: avaliação da necessidade, medição e entrega da órtese. No mesmo dia, cada paciente voltou para casa com o novo dispositivo e com a possibilidade de retomar tarefas simples do cotidiano, como beber água, pentear o cabelo ou segurar objetos.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti, acompanhou todo o processo e destacou a importância do trabalho integrado.
“Estamos avançando nas filas e evitando novos acúmulos. Trata-se de um procedimento que exige equipe especializada, mas o ganho é enorme: o paciente chega sem conseguir realizar atividades básicas e sai daqui com autonomia restaurada. Como médico ortopedista, ver isso acontecer diante dos nossos olhos é muito gratificante.”
O impacto também foi sentido pelas famílias. Jaqueline Almeida, 53 anos, uma das pacientes atendidas, se emocionou ao receber sua órtese de braço direito.
“Depois de tudo o que passei, voltar a fazer movimentos simples sozinha, como beber água ou pentear o cabelo, é uma vitória. Essa órtese representa independência”, afirmou, ao lado do marido, Luís Fernando, 55 anos. “Cada movimento que ela recupera muda a rotina da nossa família e me deixa muito feliz. Ver a autoestima dela voltar é emocionante”, completou ele.
Como funciona o acesso à órtese
O processo começa na unidade de saúde onde o paciente é atendido. Após avaliação médica, o caso é encaminhado pela regulação municipal ao CASF. No local, o paciente passa por consultas com especialista, sessões de reabilitação, exame funcional, medição e definição do tipo de órtese. Após a entrega, há uma fase de acompanhamento com fisioterapia.
O CASF atende cerca de 680 pacientes ativos, de 13 municípios, conta com oficina própria para confecção de órteses e oferece serviços de fisioterapia, neurologia, psiquiatria, ortopedia, hidroterapia, nutrição e psicologia. O acesso é feito exclusivamente por regulação.

