Mulher trans brasileira que apanhou da polícia na Itália vai entrar na Justiça; agentes dizem que a agrediram porque ela cuspiu sangue no rosto deles

Uma mulher trans brasileira conhecida pelo pseudônimo Bruna, que foi espancada pela polícia italiana em um ataque gravado em vídeo, entrará com um processo por tortura e lesão corporal, afirmou a advogada dela nesta terça-feira (30).

No vídeo, três policiais são vistos cercando a mulher, atingindo-a na cabeça e na costela com cassetetes e borrifando spray de pimenta em seu rosto, enquanto ela está sentada na rua com as mãos levantadas.

Os agentes não se pronunciaram sobre o caso, mas Daniele Vincini, chefe de um sindicato dos policiais, disse ao jornal “Corriere della Sera” que os policiais bateram na brasileira “para dominá-la” porque ela estaria cuspindo sangue em seus rostos, e eles foram obrigados a “fazer o que podiam”.

A Promotoria afirmou que está investigando as acusações de violência policial contra “uma mulher transgênero brasileira de 41 anos”.

Abuso de autoridade e discriminação

 

A advogada da vítima, Debora Piazza, afirmou que a cliente foi abandonada ferida em uma viatura fechada por 20 minutos.

“Ela estava com dificuldade para respirar e achou que estava morrendo”, afirmou a advogada.

A mulher decidiu registrar uma queixa por tortura e lesão corporal agravada por abuso de autoridade pública e discriminação, de acordo com Piazza.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *