Mortes violentas vitimaram 139 pessoas do grupo LGBT+ no primeiro semestre

Entre janeiro e junho deste ano, 139 pessoas do grupo LGBT+ foram vítimas de mortes violentas no Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia divulgado nesta quarta-feira. Os dados se baseiam em notícias publicadas nos meios de comunicação e coletados pela ONG. Em 2022, o levantamento registrou 256 mortes.

A região Nordeste segue sendo a mais hostil e respondeu por 41,72% (58) das mortes no país, seguida pelo Sudeste (30,21%). A Região Norte respondeu por 12,95% dos casos, seguida Centro Oeste (10,79%) e Sul (4,31%).

No período, os gays foram as principais vítimas (48,2%), seguidos pelo subgrupo formado por travestis, mulheres trans e transexuais (41,72%). Em seis casos não foi possível identificar a orientação sexual.

Se considerada a cor da pele, metade (50,35%) das vítimas foram identificadas como pardas (38,85%) ou pretas (11,51%). As vítimas brancas representaram 11,51% do total. Nos demais casos não houve este tipo de registro.

A maioria das mortes foi provocada por armas brancas (33,09%). As armas de fogo responderam por um quarto dos registros. Chama atenção a ocorrência de duas mortes por apedrejamento e 16 casos de estrangulamento ou asfixia, o que retrata o ódio associado à violência. As informações coletadas sobre 39 das vítimas não foram suficientes para obter essa informação.

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