As autoridades iniciaram as buscas na floresta de Shakahola, perto da cidade costeira de Malindi, na semana passada, após a denúncia de uma possível vala comum com cadáveres de seguidores da Igreja Internacional da Boa Nova.
Vinte e um corpos foram encontrados na ocasião, incluindo crianças. Além deles, 11 pessoas em condições de saúde frágil na faixa dos 17 aos 49 anos foram encaminharam a hospitais.
Neste domingo, agentes encontraram apenas uma mulher viva além dos cadáveres. Integrante da organização Haki Africa, que alertou a polícia sobre as atividades da seita, Hussein Khalid contou à AFP que ela recusou os primeiros socorros e “fechou a boca com força”, em uma tentativa de “continuar seu jejum até a morte”.
Homens vestidos com uniformes brancos e máscaras continuaram escavando a terra em busca de outros corpos ao longo do dia. Segundo o ministro do Interior do país, Kithure Kindiki, a área de quase 320 hectares de mata foi cercada e declarada uma cena de crime. Kindiki deve comparecer ao local nesta terça-feira (24).
O suposto líder da seita é o pastor Makenzie Nthenge, acusado de realizar “uma lavagem cerebral” em seus fiéis. Ele está detido desde 15 de abril, quando se apresentou a uma delegacia —segundo a imprensa local, ele havia sido preso e indiciado no mês passado depois que duas crianças morreram famintas, mas foi solto sob fiança.
Um policial afirmou à AFP que Nthenge iniciou uma greve de fome e “está orando e jejuando” na prisão. Além dele, outros seis fiéis também foram detidos. O caso irá a julgamento no início de maio.