Mortes ligadas a seita no Quênia que prega jejum para ‘encontrar Jesus’ vão a 47

A quantidade de mortes ligadas a uma seita religiosa no Quênia que supostamente insta seus praticantes a jejuarem para “conhecer Jesus” subiu a 47 neste domingo (23), quando a polícia local encontrou mais 26 corpos em uma área de mata no leste do país onde os praticantes estavam reunidos.

As autoridades iniciaram as buscas na floresta de Shakahola, perto da cidade costeira de Malindi, na semana passada, após a denúncia de uma possível vala comum com cadáveres de seguidores da Igreja Internacional da Boa Nova.

Vinte e um corpos foram encontrados na ocasião, incluindo crianças. Além deles, 11 pessoas em condições de saúde frágil na faixa dos 17 aos 49 anos foram encaminharam a hospitais.

Neste domingo, agentes encontraram apenas uma mulher viva além dos cadáveres. Integrante da organização Haki Africa, que alertou a polícia sobre as atividades da seita, Hussein Khalid contou à AFP que ela recusou os primeiros socorros e “fechou a boca com força”, em uma tentativa de “continuar seu jejum até a morte”.

O suposto líder da seita é o pastor Makenzie Nthenge, acusado de realizar “uma lavagem cerebral” em seus fiéis. Ele está detido desde 15 de abril, quando se apresentou a uma delegacia —segundo a imprensa local, ele havia sido preso e indiciado no mês passado depois que duas crianças morreram famintas, mas foi solto sob fiança.

Um policial afirmou à AFP que Nthenge iniciou uma greve de fome e “está orando e jejuando” na prisão. Além dele, outros seis fiéis também foram detidos. O caso irá a julgamento no início de maio.

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