9 de outubro de 2025
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Morre segunda vítima de ataque a tiros em borracharia na Tijuca

Luiz Guilherme Dias estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha

Luiz Guilherme Dias, uma das vítimas do ataque de um criminoso a uma borracharia na Tijuca, na Zona Norte, morreu nesta quarta-feira (8). Ele estava internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. O crime deixou outro jovem morto e mais um terceiro ferido.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Luiz deu entrada em estado grave, na última segunda-feira (6), transferido do Hospital São Francisco na Providência de Deus. Durante a internação, a SES informou que o paciente recebeu atendimento de equipe multidisciplinar.
O ataque aconteceu no último sábado (4) na Rua São Miguel. Uma câmera de segurança flagrou o criminoso descendo armado de uma escadaria ao lado da borracharia. Encapuzado, o suspeito atira contra as pessoas que estavam no local. Um homem com uma bengala passava pelo estabelecimento no momento dos tiros. Ele consegue escapar, apesar das dificuldades.
Segundo as investigações, o autor é integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), que domina o Morro da Casa Branca. A apuração identificou que o objetivo era executar Luiz Fernando Dias dos Santos, o Matuê, traficante do Comando Vermelho (CV). O verdadeiro alvo do atirador esteve envolvido em um confronto ocorrido no entorno do Hospital do Andaraí, em setembro. Na ocasião, um disparo atingiu a janela do 5º andar da unidade, duas pessoas ficaram feridas por balas perdidas e um criminoso TCP foi executado.
Contudo, Matuê não estava na borracharia. Ele foi confundido com Márcio Luiz da Conceição Costa, de 20 anos, que morreu ainda no sábado (4). O jovem chegou ser socorrido e encaminhado para o Hospital São Francisco na Providência de Deus, mas não resistiu. Segundo familiares, a vítima teria sido confundida por ter tingido os cabelos com a cor que caracteriza a facção.
“Um menino que nunca prejudicou ninguém. Pelo contrário, sempre foi prestativo e carinhoso. Gostava das crianças, que também gostavam dele. Nós, sua família, exigimos justiça! Para evitar que isso se torne mais um caso de homicídio de um negro de favela no Rio. Deixem de relacionar cabelo vermelho em pessoas negras com o tráfico”, disse Pedro Mateus, irmão de Márcio, ao DIA.
Uma terceira pessoa ficou ferida no ataque. Ainda não há informações sobre sua identificação e nem sobre o estado de saúde.
O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

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