12 de novembro de 2025
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Mandante do assassinato de jovem em Sepetiba é identificada

Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, atual mulher do ex-marido da vítima, queria obter a guarda da enteada. Disque Denúncia publicou cartaz solicitando informações

Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, foi apontada, nesta terça-feira (11), como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, de 24 anos, morta com um tiro na nuca, na frente do filho de 1 ano e 8 meses, em Sepetiba, na Zona Oeste. Ela é a atual companheira do ex-marido de Laís e tentava obter a guarda da outra filha da vítima, de 4 anos. O Disque Denúncia (2253-1177) divulgou um cartaz pedindo informações sobre a localização da mulher, contra quem há um mandado de prisão temporária, expedido pelo plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), pelo crime de homicídio qualificado.

De acordo com a Polícia Civil, Gabrielle arquitetou o plano criminoso com o objetivo de obter a guarda exclusiva da filha mais velha da vítima. Gabrielle demonstrava comportamento possessivo em relação à criança e ofereceu cerca de R$ 20 mil para que Davi e Erick executassem a vítima. A dupla já está presa, e Davi, responsável pelos disparos, foi transferido nesta terça da sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) – a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ainda não divulgou o presídio de destino. A especializada segue com as investigações para prender os demais envolvidos e concluir o inquérito policial.

Nas redes sociais, Gabrielle agia como a mãe da filha de Laís. Segundo relatos, ela fazia uma espécie de competição e rivalizava o relacionamento das duas, inclusive com festas de aniversário. De acordo com o delegado Robinson Gomes, responsável pelo caso, Gabrielle chegou a entrar com um pedido de guarda exclusiva, que não foi atendido pela Justiça.

“Em princípio, Gabrielle e Laís tinham uma relação amistosa, mas a Gabrielle revelava para as amigas que tinha ódio da Laís e que realmente queria matá-la. O maior indício do envolvimento foi o depoimento do irmão da vítima, que suspeitava dela. A partir daí, tínhamos duas vertentes: a Gabrielle como mandante ou o ex-marido da Laís”, afirmou o delegado.

De acordo com o responsável pelo caso, tanto Davi e Erick confirmaram em seus depoimentos que Gabrielle foi a mandante. Segundo o delegado, eles não conheciam Gabrielle, mas duas intermediárias. “O Davi confessou que os 20 mil foram pagos. O Erick que recebeu e depois disse que a polícia esteve na casa dele e levou o dinheiro. O Davi não chegou a receber esse pagamento. Ainda estamos em busca das intermediárias da contratação”, disse.
“Este foi um caso bem diferente, inclusive motivou ainda mais a equipe a trabalhar. A gente trabalhou insistentemente durante cinco dias e depois partiu para busca e apreensão. Foi um fato que chocou muito”, lamentou o delegado.
Segundo Robinson, Gabrielle corre risco de vida, já que o caso ganhou grande repercussão. “O Davi me relatou que a cabeça dele estava a prêmio logo depois que a foto dele foi divulgada na imprensa. Ele já estava pensando em se entregar, mas ele estava na casa de uma amiga na Vila da Penha quando viu a foto dele publicada e decidiu se entregar”.
Envolvidos no assassinato se entregaram
Na tarde desta segunda-feira (10), Davi de Souza, responsável pelo disparo, se entregou à polícia. Segundo o delegado, ele pediu ajuda da mãe, que ligou para o Disque Denúncia e marcou um encontro. “Ela fez contato com o Disque Denúncia dizendo que o filho estava querendo se entregar. A vontade plena foi do Davi, que depois fez contato comigo, e marcamos um local para ele se entregar”, disse Robinson ao DIA.
Na sexta-feira (7), Erick Santos Maria, que pilotava a moto usada no momento do crime, já havia se entregado. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão temporária por envolvimento no assassinato. As investigações analisaram imagens de uma câmera de monitoramento da região, que flagrou o momento em que os suspeitos circulavam nas proximidades, antes do crime. A especializada concluiu que o motorista deu auxílio ao responsável pelos disparos, que estava na garupa, e a Justiça acatou o pedido de prisão preventiva.

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