21 de setembro de 2025
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Lula embarca neste domingo para primeira viagem aos EUA após tarifaço; presidente abre debate da ONU na terça

Discurso de Lula deve abordar soberania, democracia, multilateralismo, guerras e meio ambiente. Agenda prevê eventos sobre COP 30, Palestina e defesa da democracia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca neste domingo (21) para Nova York, onde fará o discurso de abertura, na próxima terça-feira (23), do debate de líderes da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Lula faz a primeira viagem aos EUA desde que o presidente americano, Donald Trump, impôs uma sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros no país.

Com o tarifaço, Trump tentou, sem sucesso, barrar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe. O governo americano promete novas sanções diante do resultado.

Ao longo dos últimos meses, Lula e ministros criticaram Trump pela política tarifária e tentativa de interferir na soberania nacional, enquanto o presidente americano e seus assessores têm acusado o Brasil de perseguir Bolsonaro.

 

Na próxima terça-feira, há possibilidade de Lula e Trump se cruzarem nos corredores da sede da ONU no intervalo entre seus discursos.

  • 🔎Tradicionalmente, cabe ao representante do Brasil abrir as falas de presidentes, primeiros-ministros e diplomatas dos países que integram a ONU. O segundo a discursar é o representante dos EUA.

 

Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova York, EUA. — Foto: Reuters/ Eduardo Munoz

Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU em Nova York, EUA. — Foto: Reuters/ Eduardo Munoz

Discurso

 

O discurso de Lula só deve ser finalizado na véspera da abertura da Assembleia Geral. Há expectativa que Lula envie recados a Trump, porém de forma calibrada.

Mesmo sem citar diretamente o presidente americano, falas em defesa da soberania do Brasil e críticas à imposição de tarifas terão os objetivos de marcar a posição do governo brasileiro, fazer um contraponto aos EUA e reconhecer a independência do STF no julgamento de Bolsonaro.

 

Trabalhado por assessores e ministros, o texto deve abordar outros temas que o presidente costuma mencionar em eventos internacionais, a exemplo de democracia, multilateralismo e reforma da ONU.

Outro tema que deve ser abordado são as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Lula tem defendido um cessar-fogo dos conflitos.

COP30, Palestina e democracia

 

Lula aproveitará a viagem a Nova York para se encontrar com outros governantes e realizar uma série de eventos sobre temas caros à política externa do presidente.

Na segunda-feira (22), o presidente brasileiro deve participar de uma conferência convocada por França e Arábia Saudita para discutir uma “resolução pacífica” da guerra na Faixa de Gaza e a solução dos dois estados, um judeu e outro palestino.

 

Na terça (23), além da Assembleia Geral, Lula fará ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, um evento sobre clima. O encontro incentiva ações dos países na COP30.

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