Ladrões do Louvre poderiam ter sido detidos se detectados 30 segundos antes, aponta investigação
Câmera externa ‘havia filmado claramente a chegada’ dos criminosos, mas ninguém assistia as imagens ao vivo
A fuga dos ladrões de joias do Louvre em outubro poderia ter sido evitada se tivessem sido detectados 30 segundos antes, estimou nesta quarta-feira (10) o responsável por uma investigação encomendada pela ministra francesa da Cultura, Rachida Dati.
Um dos investigadores, Pascal Mignerey, destacou que uma câmera externa “havia filmado claramente a chegada dos ladrões, a instalação da plataforma elevatória, como dois ladrões subiram até à varanda e, alguns minutos mais tarde, sua saída precipitada”. No entanto, ninguém assistia a essas imagens ao vivo.
Quando um agente de segurança ativou a visualização das câmeras, “já era tarde demais, uma vez que os ladrões haviam deixado a galeria Apolo”, onde estavam as joias da Coroa roubadas, declarou Noël Corbin, diretor da Inspeção-Geral dos Assuntos Culturais, à Comissão de Cultura do Senado francês.
Após o roubo espetacular, em 19 de outubro, de oito joias do século XIX, avaliadas em mais de cem milhões de dólares (545 milhões de reais na cotação atual), o Louvre teve de fechar uma das suas galerias devido a avarias.
Além disso, seus funcionários convocaram uma greve desde segunda-feira para exigir a criação de novos postos de trabalho e prioridade às obras mais urgentes.

