Jovens de Nova Iguaçu desaparecem durante entrega por aplicativo no Rio
Gelson Lucas Braga Melo, 19, e Caio de Oliveira Tavares, 21, teriam subido Morro do Fubá antes de deixar a encomenda
Dois jovens de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, desapareceram quando faziam entrega de comida por aplicativo. Gelson Lucas Braga Melo, de 19 anos, e Caio de Oliveira Tavares, 21, trabalhavam juntos e fizeram contato com familiares pela última vez há quase uma semana. O rastreador da motocicleta das vítimas apontou que eles passaram pelo Morro do Fubá, na Zona Norte, e depois teriam seguido para Realengo, na Zona Oeste, mas os rapazes e o veículo ainda não foram localizados.
Os pais de Gelson Lucas estiveram na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte, nesta terça-feira (12), em busca de notícias do paradeiro dos jovens. Patrícia Braga dos Santos Melo, 41, conta que o filho era entregador há cerca de seis meses e, por medo das rotas, costumava trabalhar somente pela Baixada Fluminense e sempre acompanhado da namorada ou do amigo.
Entretanto, na última quarta-feira (6), Gelson Lucas e Caio aceitaram uma entrega do bairro da Taquara, Zona Oeste, para Realengo, e do último ponto para a Rua das Oficinas, uma das ruas de acesso ao estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Engenho de Dentro, Zona Norte. A dupla nunca chegou ao local. O rastreador da motocicleta, que era monitorada pelos pais, mostrou que eles passaram pela Rua Clarimundo de Melo, mas subiram o Morro do Fubá, em Cascadura, na mesma região, em vez de seguirem para o destino.
“Consta pelo rastreador da moto que eles subiram a favela do Morro do Fubá. (A moto) rodou muito lá em cima, perto da Gruta da Alma, depois desceram com a moto e foram em direção à Praça Ricardo Gonçalves, em Realengo, a mesma que deu a última localização na quarta-feira, às 10 para às 20h. Eu mandei contato para o meu filho, a mensagem às 21h não chegou, não obtive resposta. Eu liguei, mandei mensagem, mas ele não retornou e ele não é acostumado a fazer isso”, afirmou Patrícia.
A mãe disse que estranhou o rastreador mostrando o filho parado há muito tempo, já que não conhecia a região. “Eu achei estranho aquela parada muito tempo naquela Praça. No mesmo dia, por volta de 0h, eu estive na Praça, andei todo o quarteirão e nada de encontrar a moto. Na quinta-feira de manhã eu fui de novo, rodei tudo, perguntei aos moradores, barracas, lojas, salão de cabeleireiro e ninguém viu os meninos por ali”. Os jovens foram procurados em diversas delegacias, nos hospitais Albert Schweitzer, Getúlio Vargas e de Nova Iguaçu, e até no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro, mas não foram encontrados.
“Meu filho é um menino muito tranquilo. O Lucas foi criado na igreja, é um filho muito educado, muito amado por todos, que honra os pais, carinhoso, ama criança. Eu tenho muito orgulho do filho que eu tenho, ele é muito calmo, muito respeitador. Ele não tem vícios, no nosso lar não tem bagunça, por sermos cristãos, ele não cresceu no meio da bagunça. Não dorme fora e quando chega tarde me manda mensagem para avisar. Ele e o Caio são amigos de escola, têm mais de sete anos de amizade”.
A família acredita que os rapazes podem ter sido levados para a comunidade, enquanto bandidos seguiram com a motocicleta para Realengo, onde teriam deixado somente o rastreador do veículo, para que não fosse encontrado no Morro do Fubá. A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na DDPA para localizar a dupla. Gelson Lucas usava calça, jaqueta de motoqueiro e tênis preto, e Caio um casaco da mesma cor, quando foram vistos pela última vez. O Portal dos Desaparecidos do Disque Denúncia recebe informações pelo 2253-1177. O anonimato é garantido.