Jovens de Mesquita são promessas do xadrez nacional
Rafaela Cardoso e Kethllen Barbosa se destacam em competições do esporte, representando o município país afora
Em Mesquita, o incentivo ao esporte e a cultura se consolida cada vez mais. Como resultado, talentos são descobertos e histórias de sucesso começam a ser escritas. Como as de Kethllen Barbosa e Rafaela Cardoso, moradoras de Mesquita, que conheceram o xadrez a partir das aulas oferecidas gratuitamente pelo município e, desde então, colecionam conquistas em campeonatos.
A relação das meninas com o esporte tem início no mesmo local: a sala 106 do Fórum de Mesquita, espaço cedido pelo Núcleo de Atendimento de Medidas (NAM) de Mesquita ao “Xadrez de Mesquita”, iniciativa apoiada pela Subsecretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo. Desde 2017, o projeto fundado pelo coordenador de xadrez Josimar Barroso, referência regional do esporte, é responsável por apresentar a modalidade a centenas de cidadãos.
Foi em 2019 que Rafaela, moradora de Santo Elias, se interessou pelo xadrez, ao participar de uma competição esportiva na escola. A partir daí, buscou oportunidades que permitissem conhecer melhor o esporte e aperfeiçoar a técnica, o que a levou de encontro às aulas do projeto Xadrez de Mesquita, na sala do Núcleo de Atendimento de Medidas. Dois anos depois, a estudante começou a participar de seus primeiros campeonatos. Hoje, aos 16 anos, Rafaela já conquistou mais de 20 troféus em competições intercolegiais, estaduais e nacionais, com destaque para a terceira colocação na edição de 2022 dos Jogos Escolares Brasileiros (JEB`s), que disputou contra estudantes de todo o Brasil.
De acordo com Rafaela, além dos títulos, experiências e novas amizades, o xadrez proporciona o desenvolvimento de habilidades como a concentração, auxiliando inclusive na rotina escolar e pessoal. “Eu costumava ser muito dispersa. Acho que jogando xadrez consegui desenvolver minha memória, meu foco, minha concentração. É um esporte que trabalha muito esses quesitos: você precisa lembrar das teorias e prever os movimentos do adversário para vencer”, explica.
Kethllen, por sua vez, constata que a prática do xadrez e a participação em campeonatos contribuíram com a construção da sua autoconfiança.
“Quando eu comecei, ficava um pouquinho nervosa, mas agora é diferente. Aprendi a controlar o nervosismo, que só me atrapalhava, jogando. E, aos poucos, fui ganhando mais confiança em mim mesma”, relata.
A estudante tem apenas 10 anos de idade e vive na Chatuba. Sua mãe, Gracinda, é responsável por acompanhá-la nas aulas e nos campeonatos. Desde cedo, a responsável já percebia o interesse da filha em participar de atividades esportivas e culturais. Sendo assim, quando soube das aulas de xadrez que acontecem no NAM, não pensou duas vezes antes de matriculá-la, há pouco mais de um ano. Desde então, Kethlen participou de diversas competições do esporte e conquistou posição de destaque na maioria delas, como no Segundo Circuito XADREZ+ de Xadrez Escolar do Rio de Janeiro, disputado em junho deste ano, onde foi campeã da categoria sub-11.
Patrícia, mãe de Rafaela, destaca a importância de iniciativas como o Xadrez de Mesquita para o acesso ao esporte. “O xadrez costuma ser reconhecido como um esporte da elite, de difícil acesso. Então, quando encontramos um projeto municipal como esse que facilita o acesso ao esporte e à cultura, temos de valorizar”, pontua.
As aulas acontecem segunda-feira das 14h às 16h, na sala do NAM, e são dedicadas a qualquer pessoa com idade superior a seis anos. Para se inscrever, o interessado pode comparecer à sala 106, no primeiro andar do Fórum de Mesquita, localizado na Rua Paraná 1, no Centro. Na ocasião, devem ser apresentadas cópias do comprovante de residência, RG e CPF. Vale ressaltar que se o aluno for menor de idade, o processo de matrícula deve ser feito por um responsável legal, que também precisa estar presente no ato e apresentar os mesmos documentos.