19 de novembro de 2025
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Japeri celebra a culminância do Mês da Consciência Negra com arte, identidade e protagonismo estudantil

Evento reforça compromisso da rede municipal com educação antirracista e valorização da cultura afro-brasileira  
 

A culminância do Mês da Consciência Negra reuniu estudantes, educadores e a comunidade nesta terça-feira (18), na Quadra Nova Belém, em um grande encontro de celebração, reflexão e fortalecimento da identidade afro-brasileira. A Secretaria Municipal de Educação deu início ao evento, que contou com apresentações teatrais, números de dança, exposições pedagógicas e desfiles com roupas convencionadas por materiais recicláveis.

A programação reuniu produções de diversas escolas da Rede Municipal de Japeri, destacando o trabalho pedagógico desenvolvido ao longo do ano e o envolvimento dos estudantes em ações voltadas à valorização da história e cultura afro-brasileira. Presente no evento a secretária municipal de Educação, Caroline Ontiveros, ressaltou a importância da luta contra o racismo. “Hoje celebramos conquistas, histórias e identidades. Cada apresentação que vimos aqui é fruto de um trabalho sério, sensível e comprometido. A educação tem um papel fundamental na luta contra o racismo, e Japeri segue firme para garantir que nossas crianças cresçam orgulhosas de quem são e conscientes da riqueza da nossa diversidade.”

As apresentações dos alunos foram o ponto alto da programação. Alunos da Escola Municipal Célia Sobreira emocionaram o público com performances culturais que exaltaram resistência, ancestralidade e identidade. O estudante Matheus Alves de Oliveira, de 15 anos, fez um discurso potente, abordando temas como a resistência negra ao longo da história, os impactos da escravidão no Brasil e a importância da representatividade nas escolas. Em sua fala, destacou que “conhecer o passado é essencial para transformar o futuro”, emocionando o público com sua maturidade e consciência social.

A jovem Bianca Larissa, de 16 anos, da Escola Municipal João XXIII, levantou aplausos ao cantar seu rap autoral “O mundo também é nosso”, em que narra vivências, desafios e a força da juventude negra. Em sua fala, Bianca destacou a importância desse espaço: “A arte me ajuda a falar aquilo que muitas vezes fica preso na garganta. Cantar aqui hoje é mostrar que nós, jovens negros, também escrevemos nossa própria história.”

A professora Gabriela Silveira Machado, formada em Letras e especialista em Educação das Relações Étnico-Raciais e Cultura Afro-Brasileira pelo Colégio Pedro II, destacou o papel da escola na formação crítica dos estudantes: “Trabalhar a consciência negra não é apenas cumprir uma atividade do calendário: é formar cidadãos que reconheçam, respeitem e valorizem a diversidade do nosso país. Esse evento mostra que nossos alunos estão no caminho da consciência, da sensibilidade e do orgulho.”

Compromisso com uma educação antirracista e de valorização da diversidade

A iniciativa reafirma o compromisso do município com a construção de uma educação que promova igualdade, respeito e combate ao racismo. O evento também reforça o cumprimento da Lei 10.639/2003 e da Lei 11.645/2008, que tornam obrigatória a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena no currículo escolar.

Além disso, segue os princípios da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que orienta as escolas a desenvolverem competências relacionadas ao reconhecimento das diferenças, à responsabilidade social e à convivência ética, pilares essenciais para a formação de cidadãos mais conscientes e sensíveis às diversidades

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