Imagens de drone mostram ‘avalanche de lava’ que engoliu casas após erupção de vulcão na Islândia

A lava de um vulcão que entrou em erupção neste domingo, na Islândia, engoliu pelo menos três casas, na pequena cidade portuária de Grindavik, a sudoeste da capital Reykjavik. De acordo com as autoridades, o magma vulcânico chegou à pequena cidade poucas horas após os moradores terem sido evacuados. Esta é a quinta erupção no país em menos de três anos.

— Numa pequena aldeia como esta, somos como uma família, todos nos conhecemos como família – é trágico ver isto —, disse à AFP o residente local Sveinn Ari Gudjonsson — É surreal, é como ver um filme”, acrescentou o homem de 55 anos, que trabalha na indústria pesqueira.

Imagens de drone compartilhadas por Bjorn Steinbekk no Instagram mostram a “avalanche de lava” que chegou a Grindavik. Ele afirmou que a publicação dos vídeos é importante para chamar a atenção para o que a população local tem enfrentado.

Imagens transmitidas ao vivo pela televisão pública RUV mostram pelo menos três residências incendiadas enquanto a lava fluía para os limites da cidade.

A maior parte da população de 4 mil habitantes de Grindavik foi evacuada por precaução em 11 de novembro, depois de cientistas afirmarem que um dique de magma estava se deslocando abaixo deles.

Fendas no solo

Neste domingo, uma primeira erupção começou às 8h da manhã, no horário local, quando uma fenda se abriu no solo a cerca de 450 metros da cidade. Uma segunda fissura, que chegou a medir cerca de 100 metros, se abriu por volta do meio-dia na periferia da cidade, disse a IMO.

Jatos de lava laranja e nuvens de fumaça foram expelidos para o céu pelas duas fendas ao longo do dia. De acordo com as autoridades, a erupção cortou a eletricidade e a água em Grindavik, mas os voos das companhias aéreas não foram afetados.

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Numa conferência de imprensa, a primeira-ministra Katrin Jakobsdottir classificou o domingo como “um dia obscuro para Grindavik e para toda a Islândia. Mas o sol nascerá novamente”.

Usina geotérmica

Na noite de sábado, as autoridades ordenaram que uma evacuação de emergência fosse concluída até segunda-feira devido à crescente atividade sísmica e ao seu impacto nas grandes fissuras já presentes na cidade.

Na quarta-feira, um homem de 51 anos, que avistou uma fenda em um jardim residencial, desapareceu quando o chão cedeu subitamente debaixo dele. A queda foi de mais de 30 metros. As intensas buscas pela vítima foram encerradas nesta sexta-feira, devido à alta periculosidade da área.

As autoridades aceleraram a ordem de evacuação durante a noite, quando a atividade sísmica se intensificou, e estão de olho na central geotérmica de Svartsengi, que fornece eletricidade e água aos 30 mil residentes da península de Reykjanes.

Até março de 2021, a região não sofria uma erupção há oito séculos. As novas atividades vulcânicas ocorreram em agosto de 2022, e em julho e dezembro de 2023, levando os especialistas a constatarem o provável início de uma nova era de atividade na região.

Quatro dias após a erupção de 18 de dezembro, as autoridades disseram que a atividade vulcânica havia parado, mas não puderam declarar o fim da erupção porque ainda havia a possibilidade de fluxo de lava subterrânea.

A Islândia abriga 33 sistemas vulcânicos ativos, o número mais alto da Europa. Eles se estendem pela Dorsal Meso-Atlântica, uma fenda no fundo do oceano que separa as placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte.

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