Iguá Rio avança em usinas solares e passa a operar com 100% de energia renovável
Mudança na operação impulsiona metas ambientais do Grupo, que já utiliza mais de 90% de energia renovável em suas unidades
A Iguá Rio, concessionária de saneamento, concluiu a transição de sua matriz energética e passou a operar 100% com energia renovável, a partir de fonte solar. A conquista reforça o avanço da estratégia nacional da Iguá Saneamento, que já utiliza mais de 90% de energia renovável em suas operações, proveniente de fontes como solar e eólica, com certificação por meio de I-RECs (International Renewable Energy Certificates). Com a entrada em operação de mais uma usina solar exclusiva, a terceira, a Iguá Rio amplia sua capacidade de compensação de carbono e contribui diretamente para as metas de sustentabilidade do Grupo.
“A transição para uma matriz 100% renovável na Iguá Rio é um marco que alia eficiência a responsabilidade ambiental. O fornecimento de água e esgoto envolve processos que exigem um consumo de energia significativo e, ao adotarmos fontes limpas e próprias, conseguimos reduzir custos operacionais e, ao mesmo tempo, mitigar impactos ao meio ambiente. Essa conquista reforça nosso compromisso em fazer entregas consistentes e alinhadas aos nossos objetivos na frente de sustentabilidade”, afirma José Carlos Almeida de Sousa, diretor de Gestão Operacional da Iguá Saneamento.
“É um passo que reforça nosso compromisso com a redução dos impactos ambientais atrelados a uma operação de saneamento. A sustentabilidade começa com decisões concretas. Investir em energia limpa é uma escolha que traz ganhos operacionais e amplia os efeitos positivos nas comunidades em que atuamos”, diz Lucas Arrosti, diretor de Operações da Iguá Rio.
Em 2024, duas usinas operadas pela Faro Energy, gestora de ativos solares, começaram a gerar créditos de energia verde exclusivamente para a Iguá Rio. Cada usina é responsável pela geração de créditos equivalentes a 2,3 mil MWh/ano, o que corresponde ao consumo anual de 2.132 residências.
O uso dessa energia se dá na modalidade de autoconsumo remoto, que possibilita o direcionamento para qualquer área, mesmo que a operação da empresa esteja fisicamente distante do local de produção. Isso ocorre porque a energia é inserida na rede de transmissão da distribuidora da região, usando a estrutura já existente.
Consumo intensivo
Segundo estudo do Instituto Trata Brasil, o setor de saneamento consome cerca de 3% do total da energia produzida de forma centralizada no Brasil. O consumo intensivo se deve ao grande volume de energia empregado nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. No país, 48,5% de toda a energia consumida é gerada por meio de fontes hídricas, o que significa grande dependência do volume de chuvas. Outros 19,2% são gerados por meio de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, que têm impacto nocivo no ambiente.
A mudança na matriz energética da Iguá Rio evita que cerca de 1,3 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera por ano, ação que equivale ao plantio anual de 8.233 árvores. A tecnologia aplicada nas fazendas em Cabo Frio compensa as variações na disponibilidade de luz solar em diferentes períodos do ano, tornando possível utilizar os créditos gerados em períodos de maior incidência também nos períodos de baixa radiação.
A opção pela matriz fotovoltaica contribui para a redução da pegada hídrica do processo de produção de energia e no fornecimento dos serviços de saneamento básico. Para produzir os mesmos 2,3 mil MWh/ano de energia, uma usina hidrelétrica gasta em média 2,3 bilhões de litros de água, correspondente a 460 mil caixas d’água de 5 mil litros.
“Com uma economia inteligente e sustentável, conseguimos diminuir a pegada de carbono e a pegada hídrica. Estamos atentos ao tema, acompanhando as tendências de mercado e em busca das melhores alternativas, não apenas para nossos clientes, mas também para o meio ambiente”, acrescenta Lucas Arrosti.
Transição nacional
No plano nacional, o Grupo Iguá Saneamento, do qual faz parte a Iguá Rio, iniciou sua transição energética em 2019, a partir da entrada da companhia no Mercado Livre de Energia. Em 2022, a empresa firmou parceria com a Elera Energias Renováveis, que atua com a modalidade de autoprodução de energia, permitindo aos consumidores de média tensão escolherem sua própria matriz renovável.
A companhia tem avançado de forma consistente em sua estratégia energética, com foco na eficiência operacional, transição para uma matriz mais limpa e alinhamento à agenda climática. Entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025, a empresa reduziu seu consumo energético operacional de 0,33 kWh/m³ para 0,30 kWh/m³, reflexo de investimentos contínuos em modernização de equipamentos, automação e otimização de processos. Atualmente, 79,9% da energia utilizada pela Iguá tem origem no mercado livre, um aumento de 5 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2024, o que reforça o compromisso com a gestão energética estratégica.
Ao todo, cinco unidades da Iguá consomem energia produzida por meio da parceria com a Elera Renováveis: Iguá Rio, Águas Cuiabá (MT), Paranaguá Saneamento (PR), Sanessol (SP) e Atibaia (SP). A maior parte da eletricidade usada nas operações é produzida no Complexo Solar Janaúba, onde há uma usina dedicada exclusivamente para a empresa, com capacidade para 50 MWh/ano. A estimativa é de que, com a autoprodução, seja evitada a emissão de mais de 100 mil toneladas de gases de efeito estufa em 15 anos.