Guapimirim registra onças e guaxinins em Unidades de Conservação Municipais Técnicos registraram resultados importantes com poucos meses de monitoramento
Logo nos três primeiros meses, a Secretaria Municipal do Ambiente e Sustentabilidade de Guapimirim identificou, por meio de monitoramento com armadilhas fotográficas, onça-parda, jaguatirica e o guaxinim mão pelada, confirmando o papel estratégico da cidade para a preservação desse bioma da Zona da Mata Atlântica.
Inserida no bioma Mata Atlântica, Guapimirim abriga ecossistemas diversos — desde manguezais fundamentais para a reprodução de espécies marinhas e aves migratórias, passando por importantes fragmentos de Florestas de Ombrófila Densa das Terras baixas até as florestas ombrófilas densas, com árvores endêmicas e ameaçadas de extinção.
Entre manguezais, florestas densas e áreas de transição, a biodiversidade impressiona: mamíferos de grande porte, aves migratórias, répteis e anfíbios. Além de espécies como o guaxinim mão-pelada (Procyon cancrivorus), muito comum no pantanal e espécie característica da América do Sul, que é dificilmente filmado, segundo o biólogo Vitor Cunha, mestre em biodiversidade (JBRJ) e doutorando em Meio Ambiente (UERJ). “É um bicho muito associado à água porque se alimenta de pequenos moluscos e crustáceos. E a sua presença é pela vocação municipal de ser uma região com muitas nascentes e corpos hídricos”, avalia.
Também foram registradas a onça-parda, o tamanduá-mirim e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous); mamíferos como a cotia (Dasyprocta leporina), a paca (Cuniculus paca) e o tapeti (Sylvilagus tapetilus). A avifauna é igualmente diversa, incluindo espécies emblemáticas como a tangará (Chiroxiphia caudata), a araponga (Procnias nudicollis), o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e a garça-moura (Ardea cocoi).
Com isso, os técnicos da Secretaria alertam: “nós estamos no ambiente deles. Nossa cidade é que está no habitat. Por isso é possível que os animais apareçam em quintais, casas e áreas urbanas, mas eles não atacam, e sim, fogem dos humanos. Por isso basta deixar o animal seguir seu caminho. E lembrando que a caça é crime”.
A secretária da pasta responsável pelo estudo, Mayara Barroso, que é engenheira ambiental e sanitarista, ressalta que o estudo é um marco para políticas públicas de conservação na cidade:
— As metas iniciais incluíam diagnosticar espécies presentes, identificar áreas de maior movimentação animal e consolidar dados para orientar ações de educação ambiental e fiscalização. O resultado, porém, superou as nossas expectativas: em apenas três meses, foram obtidos 236 registros fotográficos, confirmando a presença de predadores de topo, espécies de hábitos noturnos, e evidenciando corredores ecológicos ativos entre diferentes unidades de conservação, revela Mayara .
Localizado entre o recôncavo da Baía de Guanabara e a Serra dos Órgãos, o município se consolida como referência em conservação ambiental. Aproximadamente 80% de seu território está inserido em unidades de conservação, distribuídas em seis áreas protegidas de esferas municipal, estadual e federal: Monumento Natural da Concórdia (MONA Concórdia), Refúgio de Vida Silvestre do Sucavão (REVIS Sucavão), Área de Proteção Ambiental (APA) Guapi-Guapiaçu, Parque Natural Municipal Nascente do Jaíbi (PNM Jaíbi), Parque Natural Municipal Águas de Guapimirim (PNM Águas de Guapimirim) e Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Citrolândia.
O Estudo de Monitoramento
Em maio de 2025, a SEMA iniciou um estudo pioneiro de monitoramento da fauna silvestre em três unidades de conservação municipais: MONA Concórdia, REVIS Sucavão e PNM Jaíbi. Foram instaladas 10 armadilhas fotográficas em pontos estratégicos, cobrindo diferentes habitats para mapear a circulação da fauna local.
“Esses dados reforçam que Guapimirim possui ecossistemas equilibrados, capazes de sustentar espécies que indicam a boa saúde ambiental da região”, destaca o biólogo Vitor Cunha, responsável técnico pelo setor de áreas protegidas, que atua no estudo com apoio da bióloga Nastaja Fonseca.
“Guapimirim se coloca como guardiã da Mata Atlântica, contribuindo para o equilíbrio ecológico regional oferecendo dados científicos que vão orientar tanto a fiscalização quanto projetos de educação ambiental e desenvolvimento sustentável”, analisa a secretária..”
Próximos passos
Os resultados serão incorporados ao banco de dados da SEMA e servirão de base para novas pesquisas e campanhas educativas. O município prevê ampliar o monitoramento para outras unidades de conservação do município e reforçar a atuação da Guarda Ambiental no combate aos crimes dessa natureza. Além disso, se espera a articulação com outras unidades do território, fortalecendo as ações em conjunto do que chamam de Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense de Unidades de Conservação.
Guapimirim é um dos municípios mais preservados do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 80% de sua área inserida em unidades de conservação, incluindo parte do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), Parque Estadual dos Três Picos (PETP), Estação Ecológica da Guanabara e APA Guapimirim. Situado em uma área estratégica da Mata Atlântica, é considerado essencial para a manutenção da biodiversidade e para a proteção dos recursos hídricos da Baía de Guanabara.
Técnicos registraram resultados importantes com poucos meses de monitoramento
Logo nos três primeiros meses, a Secretaria Municipal do Ambiente e Sustentabilidade de Guapimirim identificou, por meio de monitoramento com armadilhas fotográficas, onça-parda, jaguatirica e o guaxinim mão pelada, confirmando o papel estratégico da cidade para a preservação desse bioma da Zona da Mata Atlântica.
Inserida no bioma Mata Atlântica, Guapimirim abriga ecossistemas diversos — desde manguezais fundamentais para a reprodução de espécies marinhas e aves migratórias, passando por importantes fragmentos de Florestas de Ombrófila Densa das Terras baixas até as florestas ombrófilas densas, com árvores endêmicas e ameaçadas de extinção.
Entre manguezais, florestas densas e áreas de transição, a biodiversidade impressiona: mamíferos de grande porte, aves migratórias, répteis e anfíbios. Além de espécies como o guaxinim mão-pelada (Procyon cancrivorus), muito comum no pantanal e espécie característica da América do Sul, que é dificilmente filmado, segundo o biólogo Vitor Cunha, mestre em biodiversidade (JBRJ) e doutorando em Meio Ambiente (UERJ). “É um bicho muito associado à água porque se alimenta de pequenos moluscos e crustáceos. E a sua presença é pela vocação municipal de ser uma região com muitas nascentes e corpos hídricos”, avalia.
Também foram registradas a onça-parda, o tamanduá-mirim e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous); mamíferos como a cotia (Dasyprocta leporina), a paca (Cuniculus paca) e o tapeti (Sylvilagus tapetilus). A avifauna é igualmente diversa, incluindo espécies emblemáticas como a tangará (Chiroxiphia caudata), a araponga (Procnias nudicollis), o gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) e a garça-moura (Ardea cocoi).
Com isso, os técnicos da Secretaria alertam: “nós estamos no ambiente deles. Nossa cidade é que está no habitat. Por isso é possível que os animais apareçam em quintais, casas e áreas urbanas, mas eles não atacam, e sim, fogem dos humanos. Por isso basta deixar o animal seguir seu caminho. E lembrando que a caça é crime”.
A secretária da pasta responsável pelo estudo, Mayara Barroso, que é engenheira ambiental e sanitarista, ressalta que o estudo é um marco para políticas públicas de conservação na cidade:
— As metas iniciais incluíam diagnosticar espécies presentes, identificar áreas de maior movimentação animal e consolidar dados para orientar ações de educação ambiental e fiscalização. O resultado, porém, superou as nossas expectativas: em apenas três meses, foram obtidos 236 registros fotográficos, confirmando a presença de predadores de topo, espécies de hábitos noturnos, e evidenciando corredores ecológicos ativos entre diferentes unidades de conservação, revela Mayara .
Localizado entre o recôncavo da Baía de Guanabara e a Serra dos Órgãos, o município se consolida como referência em conservação ambiental. Aproximadamente 80% de seu território está inserido em unidades de conservação, distribuídas em seis áreas protegidas de esferas municipal, estadual e federal: Monumento Natural da Concórdia (MONA Concórdia), Refúgio de Vida Silvestre do Sucavão (REVIS Sucavão), Área de Proteção Ambiental (APA) Guapi-Guapiaçu, Parque Natural Municipal Nascente do Jaíbi (PNM Jaíbi), Parque Natural Municipal Águas de Guapimirim (PNM Águas de Guapimirim) e Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Citrolândia.
O Estudo de Monitoramento
Em maio de 2025, a SEMA iniciou um estudo pioneiro de monitoramento da fauna silvestre em três unidades de conservação municipais: MONA Concórdia, REVIS Sucavão e PNM Jaíbi. Foram instaladas 10 armadilhas fotográficas em pontos estratégicos, cobrindo diferentes habitats para mapear a circulação da fauna local.
“Esses dados reforçam que Guapimirim possui ecossistemas equilibrados, capazes de sustentar espécies que indicam a boa saúde ambiental da região”, destaca o biólogo Vitor Cunha, responsável técnico pelo setor de áreas protegidas, que atua no estudo com apoio da bióloga Nastaja Fonseca.
“Guapimirim se coloca como guardiã da Mata Atlântica, contribuindo para o equilíbrio ecológico regional oferecendo dados científicos que vão orientar tanto a fiscalização quanto projetos de educação ambiental e desenvolvimento sustentável”, analisa a secretária..”
Próximos passos
Os resultados serão incorporados ao banco de dados da SEMA e servirão de base para novas pesquisas e campanhas educativas. O município prevê ampliar o monitoramento para outras unidades de conservação do município e reforçar a atuação da Guarda Ambiental no combate aos crimes dessa natureza. Além disso, se espera a articulação com outras unidades do território, fortalecendo as ações em conjunto do que chamam de Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense de Unidades de Conservação.
Guapimirim é um dos municípios mais preservados do Estado do Rio de Janeiro, com cerca de 80% de sua área inserida em unidades de conservação, incluindo parte do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso), Parque Estadual dos Três Picos (PETP), Estação Ecológica da Guanabara e APA Guapimirim. Situado em uma área estratégica da Mata Atlântica, é considerado essencial para a manutenção da biodiversidade e para a proteção dos recursos hídricos da Baía de Guanabara.

