Greve afeta linhas de Metrô e CPTM em São Paulo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nesta terça-feira (3) nos órgãos públicos da cidade por conta da greve anunciada por trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp.
As categorias definiram a paralisação em assembleia na noite desta segunda-feira (2) em protesto contra os planos de privatização das companhias.
A greve começou à 0h desta terça, e a previsão é que ela dure 24 horas. O rodízio foi suspenso, mas a Zona Azul segue funcionando.
- Até por volta de 8h, estavam sendo afetadas as seguintes linhas: 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 10-Turquesa, 12-Safira e 13-Jade.
- Funcionavam parcialmente, até por volta de 8h, as seguintes linhas: 7- Rubi (de Caieiras a Luz) e 11-Coral (de Guaianases a Luz)
- As seguintes linhas, geridas pela iniciativa privada, funcionavam normalmente: 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda
A circulação de trens do Metrô e da CPTM foi afetada no início desta manhã mesmo após a Justiça do Trabalho determinar que os sindicatos dos metroviários e dos ferroviários mantivessem 100% da frota circulando nos horários de pico e 80% nos demais horários. .
Portões fechados e corrida por app mais cara
Passageiros encontraram nesta manhã portões fechados em algumas estações. Eles também relataram preço alto em transporte por aplicativo e lotação em ônibus.
Um passageiro que não quis se identificar informou que uma corrida por transporte por aplicativo do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, até o Brooklin, na Zona Sul, que em média custava R$ 53, disparou para cerca de R$ 155 nesta manhã. Além disso, os usuários contaram que muitos chamados não eram completados.
O governador Tarcísio de Freitas afirmou nesta terça que a privatização não é motivo para paralisação e afirmou considerar a greve do Metrô e da CPTM “política, ilegal e abusiva”.
“Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante, que é o cidadão”, afirmou em pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes.
Serviços suspensos devido ao ponto facultativo
- As aulas da rede estadual foram suspensas. Já as aulas das escolas e creches municipais foram mantidas;
- O rodízio de veículos também foi cancelado;
- As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais foram suspensas, mas terão seus reagendamentos garantidos;
O ponto facultativo será estendido também ao funcionamento da Assembleia Legislativa do estado e ao Judiciário.
(CORREÇÃO: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao informar que o Poupatempo estaria fechado por conta da greve. As unidades funcionam normalmente. Esta reportagem foi corrigida às 7h46.)
Operação especial para ônibus
A frota de ônibus da capital estará 100% em operação, segundo o prefeito. “Há um número maior de ônibus nos horários de pico, e no entrepico diminui, mas amanhã será a carga o dia todo”, afirmou.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o sistema Paese não será acionado nesta terça, já que ele funciona apenas em casos de emergência.
A EMTU determinou que as operadoras do sistema metropolitano reforcem as frotas em pontos estratégicos da Grande São Paulo, de acordo com a necessidade do momento.
Linhas estendidas da estação do Metrô Corinthians-Itaquera até o Metrô Tatuapé:
- 2703/10 Jd. Etelvina – Metrô Itaquera
- 2703/21 Jd. Etelvina – Metrô Itaquera
- 2703/22 Jd. Gianetti – Metrô Itaquera
- 2707/10 Chabilândia – Metrô Itaquera
- 2707/31 Chabilândia – Metrô Itaquera
- 2721/10 Jd. Nazaré – Metrô Itaquera
- 2733/10 Pq. Guarani – Metrô Itaquera
- 2734/10 Jd. Campos – Metrô Itaquera
- 3732/10 CPTM José Bonifácio – Metrô Itaquera
- 3741/10 CPTM D. Bosco – Metrô Itaquera
- 374V/10 Jd. Santana – Metrô Itaquera
- 3754/10 Inácio Monteiro – Metrô Itaquera
- 407H/10 Jd. São Francisco – Metrô Itaquera
Linhas estendidas da Estação CPTM Guaianases até o Metrô Carrão:
- 2004/10 Jd. Nsa. Sra. Do Caminho – CPTM Guaianases
- 2009/10 Jd. Robru – CPTM Guaianases
- 2059/10 São Miguel – CPTM Guaianases
- 2202/10 Jd. Das Oliveiras – CPTM Guaianases
- 3026/10 Vl. Iolanda Ii – CPTM Guaianases
- 3064/10 Cid. Tiradentes – CPTM Guaianases
Linhas estendidas da estação Metrô Tucuruvi até o Metrô Luz:
- 1705/10 Jd. São João – Metrô Tucuruvi
- 1705/51 Cem. Pq. Da Cantareira – Metrô Tucuruvi
- 1709/10 Jd. Joana D’arc – Metrô Tucuruvi
- 1709/21 Jd. Joamar – Metrô Tucuruvi
- 1720/21 Vila Sabrina – Metrô Tucuruvi
- 1722/10 Jd. Marina – Metrô Tucuruvi
Linhas que serão reforçadas:
As linhas abaixo terão suas frotas reforçadas, por operarem em trechos estratégicos para a cobertura dos eixos metroviários.
- 106A/10 Metrô Santana – Itaim Bibi
- 107T/10 Metrô Tucuruvi – Term. Pinheiros
- 1178/10 São Miguel – Praça do Correio
- 175P/10 Metrô Santana – Ana Rosa
- 175T/10 Metrô Santana – Metrô Jabaquara
- 2104/10 Metrô Santana – Term. Pq. D. Pedro II
- 3539/10 Cid. Tiradentes – Metrô Bresser
- 407P/10 Term. Cidade Tiradentes – Metrô Tatuapé
- 4310/10 E.T. Itaquera – Term. Pq. D. Pedro II
- 5110/10 Term. São Mateus – Term. Mercado
- 5290/10 Divisa de Diadema – Term. Pq. D. Pedro II
- 8400/10 Term. Pirituba – Praça Ramos de Azevedo
- 8615/10 Parque da Lapa – Term. Pq. D. Pedro II
Determinações da Justiça do Trabalho
A Justiça do Trabalho decidiu que os sindicatos dos metroviários e dos ferroviários mantenham 100% da frota circulando nos horários de pico e 80% nos demais horários.
Além disso, determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Água e Esgoto e Meio Ambiente mantenha 85% dos servidores em serviços essenciais, em atividade, durante todo o dia.
A respeito da decisão da Justiça, o Sindicato dos Ferroviários afirmou, em nota, que “o departamento jurídico do sindicato já está tomando as providências”.
Em comunicado, o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias informou que recorreu da decisão. “No recurso argumentamos que o direito de greve é constitucional e cabe aos trabalhadores decidirem sobre os interesses pertinentes à categoria.”