Grande Otelo Filho é sepultado no Rio sob homenagens e lembranças: ‘Foi em paz’
Despesas do enterro, realizado no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte, foram custeadas pelo Sindicato dos Artistas
O corpo do ator Carlos Sebastião Prata, conhecido como Grande Otelo Filho, foi sepultado na tarde desta quinta-feira (21) no Cemitério do Catumbi, na Zona Norte. O filho de Grande Otelo, considerado um dos maiores artistas do país, morreu aos 70 anos em decorrência de problemas cardíacos.
As despesas do enterro foram custeadas pelo Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Rio de Janeiro (Sated/RJ). Em entrevista ao DIA, o presidente do sindicato, Hugo Gross, destacou a importância de Otelo Filho na luta contra o etarismo na classe artística.
“Otelinho é uma referência na luta contra o que vem acontecendo com os atores brasileiros idosos, que têm sido esquecidos. Fico muito triste em ver emissoras deixando de valorizar os descendentes de Grande Otelo. Ele foi um símbolo de resistência, incansável, sempre presente ao lado do sindicato”, afirmou Gross.
Grande Otelo Filho passou mal e buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana, na Zona Sul, mas não resistiu e morreu. “Nos últimos meses ele enfrentava problemas no coração e teve trombose. Quando deu entrada na UPA, foi sedado e chegou a ser contido devido à agitação”, lembrou o irmão.
Abalada, a atriz Adele Fátima, de 71 anos, recordou os momentos vividos ao lado do amigo, a quem chamava carinhosamente de Nininho. “Nós tivemos uma vida muito bonita, convivíamos desde os 12 anos. Ele era uma pessoa muito simples. Quando passou mal, estava na minha casa. O que posso dizer é que foi alguém querido e inesquecível. Ele deixou como legado o amor por Deus e pelas pessoas”, disse.