Governo do Estado do Rio investe em tecnologia de bloqueio de sinais dentro dos presídios
O Governo do Estado do Rio de Janeiro homologou a contratação, realizada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP), de uma solução tecnológica de ponta para o bloqueio de sinais de telefonia móvel, Wi-Fi e drones em unidades prisionais e prisionais-hospitalares. A medida representa um avanço decisivo no combate à comunicação clandestina que alimenta o crime organizado de dentro dos presídios.
– Estamos dando um grande passo estratégico, garantindo mais controle nos presídios e proteção para a sociedade. Com esse investimento, reafirmamos nosso compromisso com o fortalecimento da segurança pública, aliando tecnologia e gestão no enfrentamento ao crime organizado, impedindo que presos mantenham contato com o mundo externo para articular crimes – disse o governador Cláudio Castro.
A contratação foi realizada por meio de licitação pública, dividida em cinco lotes regionais, com a participação de seis empresas. A IMC Tecnologia foi a vencedora de todos os lotes, apresentando o melhor preço entre as empresas habilitadas.
Com a assinatura do contrato e a publicação, hoje, 02/09, no Diário Oficial, a SEAP emite a ordem de serviço. A empresa terá até 10 dias úteis para iniciar os trabalhos, com prazo de até 45 dias por unidade, ou 60 dias em caso de três instalações simultâneas. A implantação será gradual, conforme previsão orçamentária do Estado e a estratégia operacional da SEAP.
– Ao contrário do que acontece em outros estados, no Rio de Janeiro o complexo prisional fica numa área urbana, próximo a residências cujos moradores, obviamente, não podem ser impactadas pelo bloqueio de sinal. Fomos atrás do que há de mais moderno nesse tipo de tecnologia, de forma que esse bloqueio só aconteça dentro das unidades prisionais – explicou a secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel.
A solução é composta por jammers de última geração, capazes de bloquear todos os tipos de frequência. São instaladas antenas direcionais que se interconectam em pontos estratégicos do perímetro da unidade prisional, formando uma redoma de interferência controlada, impedindo a comunicação por celular, Wi-Fi e até drones.