Governador Cláudio Castro vistoria obras da estação de metrô da Gávea
Estrutura da nova estação passa por escoamento dos 60 milhões de litros de água que enchem os poços desde a paralisação das obras
O governador Cláudio Castro visitou, nesta segunda-feira (08/09), as obras da estação de metrô da Gávea. Parte da linha 4, atualmente a estrutura passa pelo processo de retirada da água que foi colocada nos poços – há mais de sete anos – para sustentar a estrutura. Essa etapa foi iniciada no dia 14 de agosto e, até o dia de hoje, cerca de 9 milhões de litros de água foram escoados – o equivalente a pouco mais de três piscinas olímpicas. A previsão é que o deságue seja finalizado em cerca de quatro meses, de forma controlada e segura, para então dar início à próxima etapa, que consiste na instalação dos trilhos e na detonação de um trecho de 60 metros de extensão de rocha.
–A paralisação das obras era um problema histórico, mas tomamos a frente para resolver essa questão e avançar. Vamos melhorar o sistema metroviário, além de trazer diversos benefícios não somente para os moradores da Gávea, mas para toda a população do Rio. São 2.500 empregos gerados a partir dessa obra e, quando concluída, a estação vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas por dia – destacou o governador.
Obra a todo vapor
Os dois poços foram inundados com 60 milhões de litros de água e o processo de deságue está sendo realizado pelo Consórcio Construtor Gávea, após a aprovação das licenças ambientais pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e sob monitoramento constante do local por equipamentos eletrônicos. A retirada da água é feita lentamente, por questões de segurança: cerca de 250 mil litros de água são esgotados do local a cada 24 horas, o que representa o rebaixamento de meio metro da altura da água por dia. Após o esgotamento dos poços, será realizada a detonação de um trecho de 60 metros de extensão de rocha, além do corpo da estação, com cerca de 140 mil toneladas de rocha que deverão ser retirados ao longo de 11 meses por caminhões basculantes. Em paralelo, outras frentes de trabalho vão seguir em andamento, como o preparo para a instalação da via permanente e das estruturas das passagens de emergência.
–Essa quantidade de água estava acumulada nos poços desde 2018, então estamos fazendo um trabalho gradual, com monitoramento 24 horas por dia e acompanhamento de técnicos. Tudo isso para garantir a segurança e tranquilidade da população e dos moradores da região. Na sequência, já seguimos para a instalação dos trilhos no túnel e início das detonações no corpo da estação. A estação Gávea vai ser um marco histórico – explicou a secretária de Transporte, Priscila Sakalem.
Otimização da malha ferroviária
Ainda durante a visita, a equipe apresentou o Plano Diretor Metroviário (PDM), desenvolvido pela Riotrilhos, que inclui a ligação Estácio – Praça XV, a criação da Linha 3 (Praça XV – Niterói – Guaxindiba) e a extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes.
-Esse projeto ilustra várias possibilidades para a expansão do sistema ferroviário, beneficiando a população. Com uma ligação direta entre as estações Uruguai e Gávea, conseguiríamos o acesso da Zona Norte à Zona Sul em cerca de 10 minutos de trajeto dentro do trem, desafogando a Linha 1 e evitando que as pessoas tenham que percorrer quase toda a cidade para chegar até a Zona Oeste. A retomada dos investimentos para a estação Gávea é o passo inicial para ampliarmos o sistema – afirmou o presidente do Metrô Rio, Guilherme Ramalho, que participou da explanação.