18 de setembro de 2025
DESTAQUENotíciasNotícias 24hs

Genial/Quaest: Lula lidera em todos os cenários para 2026 e vence adversários em 2º turno

Pesquisa mostra que rejeição ao ex-presidente Jair Bolsonaro aumentou e está em 64%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera hoje as intenções de voto para as eleições de 2026, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18. O instituto testou oito cenários de primeiro turno, com o petista liderando em todos. Além disso, o levantamento mostrou que Lula venceria todos seus potenciais adversários num eventual segundo turno pelo Palácio do Planalto.

De modo geral, a pesquisa revelou um cenário de estabilidade em relação ao levantamento publicado no mês passado. De lá para cá, o presidente seguiu na liderança em todos os cenários testados, com sutis variações dentro da margem de erro.

Em eventual segundo turno contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula registrou 43% das intenções de voto. Já o governador paulista somou 35%. Os números são iguais aos da pesquisa divulgada em agosto.

Num eventual segundo turno, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT)registrou 33%, ante 40% do petista – uma diferença de sete pontos porcentuais. Não há série histórica do confronto entre Lula e o pedetista.

A pesquisa também testou cenários de segundo turno entre Lula e membros da família Bolsonaro. Segundo o levantamento, Lula venceria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 47% dos votos, contra 34% do adversário. Porém, o cenário é improvável, uma vez que Bolsonaro está inelegível e foi condenado a mais de 27 anos de prisão.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) registrou 32% das intenções de voto, contra 47% de Lula em eventual segundo turno. Já Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, marcou 29%, ante 47% do petista.

Segundo a pesquisa, Lula venceria em eventual segundo turno contra todos os governadores de direita. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), obteve 32%, contra 44% do presidente. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), marcou 32%, ante 45% de Lula. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), alcançou 31%, contra 46% do petista. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), marcou 26%, enquanto Lula atingiu 45%

Lula lidera em cenários de 1º turno

O levantamento simulou oito arranjos diferentes de candidatos. No primeiro cenário, Lula aparece com 32% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 24%, e Ciro, com 11%. Em outras combinações, o petista oscila entre 32% e 43%, sempre à frente dos adversários.

Quando Michelle substitui o ex-presidente Bolsonaro, Lula marca 33%, contra 18% da ex-primeira-dama. Com Tarcísio, o petista tem 35% a 17%. Já nos cenários em que enfrenta Eduardo, Lula varia de 32% a 43%, enquanto o deputado alcança entre 14% e 21%.

Entre os candidatos da direita testados, além de Bolsonaro e sua família, apareceram Ratinho Júnior, Zema e Caiado, que oscilaram de 4% a 13% conforme a composição.

A pesquisa também avaliou a intenção de voto espontânea, na qual o eleitor não recebe a lista de nomes. Nesse caso, Lula subiu de 16% em agosto para 18% em setembro, enquanto Bolsonaro caiu de 9% para 6%. O governador de São Paulo foi citado por 2%. A taxa de indecisos cresceu de 66% para 68%.

Rejeição
A pesquisa mostra que a rejeição nacional ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegou a 40% em setembro. O índice, que em março era de 32%, vem subindo de forma constante nos últimos meses, sinalizando maior exposição do republicano no cenário eleitoral. No último mês, o índice oscilou um ponto para cima.

Apesar da escalada, o patamar do republicano ainda está abaixo do registrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja rejeição está em 52% (também um ponto a mais do que em agosto), e a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), padrinho político de Tarcísio, que subiu sete pontos e atingiu o maior nível até agora: 64%.

O ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro tem dado sinais de aproximação ao bolsonarismo mais ideológico nas últimas semanas. Na primeira semana deste mês, Tarcísio passou 48 horas em Brasília, onde se reuniu com presidentes de partidos e lideranças do Congresso Nacional para articular a pauta da anistia aos condenados por tentativa de golpe.

O movimento do governador culminou no ato de 7 de setembro, quando ele afirmou que não aceitaria a “ditadura de um poder sobre o outro” nem que “um ditador paute o que devemos fazer”, em crítica direta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, disparou.

A escalada de tensão, porém, gerou alertas em sua própria base. Após a repercussão, Tarcísio foi aconselhado a reduzir a temperatura do discurso e evitar novos desgastes públicos sobre o tema. Na última terça-feira, 16, tentou sinalizar moderação ao declarar: “O esforço que tinha de ser feito, foi feito”.

O levantamento da Quaest, no entanto, também aponta um trunfo para o governador paulista. Tarcísio está entre os pré-candidatos mais desconhecidos nacionalmente: 34% dos eleitores afirmaram não saber quem ele é. Entre os que já o conhecem, 26% disseram que votariam nele. A comparação com Lula revela o abismo em termos de notoriedade: apenas 2% disseram não conhecer o presidente, e 46% afirmaram que votariam nele.

Outros nomes testados registraram índices mais elevados de rejeição. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) lidera a lista, com 68%. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece com 61%, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 60%.

Já entre os governadores que despontam como potenciais candidatos de direita, os números são mais baixos, puxados pelo alto desconhecimento. O paranaense Ratinho Jr. (PSD) tem 39% de rejeição, similar a de Tarcísio; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, 33%; e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, 32%.

A pesquisa reforça ainda a posição de Tarcísio como herdeiro natural do bolsonarismo. Entre os eleitores que se declaram bolsonaristas, 23% o apontam como preferido para suceder Bolsonaro. Na direita não bolsonarista, o índice sobe a 34%, deixando para trás Michelle Bolsonaro, com 8%, e Eduardo Bolsonaro, com apenas 2%.

A pesquisa ouviu 2.004 eleitores em 120 cidades brasileiras de 12 a 14 de setembro. A coleta foi realizada em domicílio com questionários estruturados. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, com 95% de confiança.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *