25 de outubro de 2025
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Funcionária da Comlurb é presa por acusação de matar companheiro com vitamina envenenada

Rogério Maurício Moreira da Gama morreu em fevereiro deste ano

Uma funcionária da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), acusada de matar o companheiro envenenado com uma vitamina de banana, foi presa, na manhã desta sexta-feira (24), em Irajá, na Zona Norte.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Iris Maria Soares da Silva preparou a bebida com chumbinho e enviou para Rogério Maurício Moreira da Gama, também funcionário da Comlurb, tomar no café da manhã. Depois de ingerir a vitamina, o homem passou mal, foi socorrido e encaminhado a uma unidade saúde de Irajá, mas morreu no dia seguinte.

O crime ocorreu em fevereiro deste ano. O laudo de necropsia apontou como causa da morte a intoxicação exógena por ação química, especialmente pela substância terbufós-sulfóxido, composto altamente tóxico presente em inseticidas e produtos agrícolas.
A apuração identificou que o casal tinha uma relação conturbada, marcada por brigas e episódios de ciúmes. Além disso, Iris teria feito pesquisas na internet sobre o veneno, na véspera dos fatos, o que comprova que planejou o crime com antecedência.
Com os elementos colhidos, a DHC pediu a prisão da mulher, decretada nesta quarta-feira (22) pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 4ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). A magistrada também aceitou a denúncia contra Iris e a tornou ré por homicídio qualificado.
“A acusada teria agido de forma premeditada e covarde, insistindo para que a vítima ingerisse a substância letal, além de passar instruções repetidamente para que agitasse a bebida contaminada antes de ingeri-la. Ademais, há risco à instrução processual, vez que diversas testemunhas arroladas são colegas de trabalho da ré ou parentes da vítima, o que pode ensejar constrangimentos e comprometer a colheita da prova oral”, escreveu Roidis na justificativa da decisão.
Ambos trabalhavam na gerência de Irajá, na Zona Norte. Procurada, a Comlurb informou que aguarda as investigações e destacou que, caso seja comprovado o envolvimento da funcionária no crime, tomará as medidas cabíveis.

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