13 de setembro de 2025
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FLIM 2025: lançamento de livro sobre ataques antidemocráticos repassa a história recente do país

Ricardo Cappelli, em mesa mediada pelo prefeito Washington Quaquá, apresentou  “O 8 de janeiro que o Brasil não viu”

A 10ª Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM) foi palco, nesta sexta-feira (12/09), do lançamento do livro “O 8 de janeiro que o Brasil não viu”, do jornalista Ricardo Cappelli, em mesa mediada pelo prefeito Washington Quaquá. A obra é um relato do dia dos ataques antidemocráticos às sedes dos três poderes em Brasília e semanas subsequentes. A FLIM é realizada pela Prefeitura de Maricá por meio da Secretaria de Educação.

“Quando os que saíam do poder através das eleições, ou seja, da vontade do povo, resolveram tramar contra a democracia, Cappelli, com o então ministro Flávio Dino, foi quem esteve à frente da resistência institucional. Um dos grandes defensores da democracia e do direito do povo. Cappelli ajudou a barrar mais um golpe que assolaria o Brasil, e por isso é uma honra recebê-lo na FLIM”, disse Quaquá ao apresentar o autor, que foi interventor federal na Segurança do Distrito Federal no momento da crise.

O lançamento em Maricá aconteceu um dia depois do julgamento histórico dos personagens centrais envolvidos nos ataques e da condenação de um ex-presidente da República por tentar um golpe de estado.

“Quis o destino que eu viesse lançar o livro em Maricá um dia depois do julgamento. É muito emblemático que eu esteja aqui, uma cidade que sintetiza ideais e que é uma referência progressista no país. O julgamento é o encerramento de um ciclo e traça um limite claro que no Brasil do século XXI não cabe conspirar contra a democracia”, iniciou Cappelli.

Segundo o autor, a motivação para escrever o livro partiu de uma série de provocações de amigos e também de uma vontade de aprofundar o que saía na imprensa sobre o tema.

“No livro detalho as decisões tomadas e por que foram tomadas no dia dos ataques e nos 23 dias da intervenção. Tem muito registro histórico e também detalhes da gestão de crise”, antecipou.

A obra expõe as relações e desafios nos contatos com as forças de segurança para a retirada dos acampamentos golpistas e o trabalho de prisão dos envolvidos.

“Foi a maior operação de polícia judiciária já feita no Brasil concentrada em três dias”, concluiu.

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