26 de novembro de 2025
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Fiocruz une ciência e cultura em homenagem a Martinho da Vila

A outorga do título de Doutor Honoris Causa da Fiocruz ao músico Martinho da Vila será marcada por uma programação à altura de sua trajetória como um dos maiores nomes do samba e da Música Popular Brasileira (MPB). Na próxima quinta-feira (27/11), como parte da agenda cultural das celebrações dos 125 anos da Fundação, a cerimônia de concessão da honraria máxima da instituição ao cantor, compositor e ritmista será somada à inauguração da nova iluminação monumental do Castelo da Fiocruz (Pavilhão Mourisco). A noite será marcada também por uma atração musical e uma experiência inédita de videomapping na fachada do símbolo máximo da Fiocruz.

 

O evento, que reforça a ligação entre ciência e cultura, também integra o calendário das comemorações do Mês da Consciência Negra. O palco da celebração será montado em frente ao Pavilhão Mourisco no campus Manguinhos da Fiocruz, no Rio de Janeiro (RJ), cenário de momentos marcantes da história da saúde.

Homenagem pela contribuição à cultura brasileira

O título acadêmico honorífico ao artista foi concedido em função da discografia do poeta de Vila Isabel, que combina excelência estética, compromisso político e valorização da identidade cultural brasileira, especialmente da herança negra. A proposta foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo (CD) da Fiocruz.

 

Nascido em Duas Barras (RJ) em 1938, Martinho José Ferreira iniciou sua carreira musical nos anos 1960 e firmou-se como um dos sambistas mais importantes do Brasil. Com mais de 50 álbuns lançados, sua arte promove consciência social, identidade negra e resistência cultural. Ele também utiliza a escrita para reforçar a luta contínua pela igualdade racial e é Membro da Academia Carioca de Letras.

A conexão de Martinho da Vila com o universo científico se manifestou em diferentes momentos de sua vida. Durante a adolescência, formou-se auxiliar de química industrial e os conhecimentos de fenômenos químicos, físicos e bioquímicos adquiridos na ocasião foram resgatados para batizar o disco Mistura Homogênea, de 2022. Em seu álbum autointitulado lançado em 1992, ele lançou o samba Benzedeiras Guardiãs, composto com Rosinha de Valença, que destaca a sabedoria ancestral e popular no campo da saúde.

Ao longo da carreira, a voz de clássicos do samba como Canta Canta, Minha Gente e Disritmia também conquistou títulos de Cidadão Carioca, Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, Comendador da República (Grau de Oficial) e a Ordem do Mérito Cultural (pela contribuição à cultura brasileira).

Nova iluminação monumental e experiência inédita de videomapping  

Além da homenagem a Martinho da Vila, duas novidades prometem realçar ainda mais a riqueza arquitetônica do Castelo: a inauguração de sua nova iluminação monumental; e uma experiência inédita de videomapping.

Com um sistema inovador no Brasil, o novo projeto luminotécnico vai destacar a riqueza e a singularidade da arquitetura eclética e de influência neomourisca. Mais de 900 luminárias vão realçar todas as janelas, varandas e as duas cúpulas, valorizando o volume e dando ainda mais visibilidade ao edifício símbolo da Fiocruz.

A tecnologia que fará a fachada e as cúpulas trocarem de cor em datas especiais é inovadora no Brasil. Será adotado o sistema RGBWCLA (sigla em inglês para vermelho, verde, azul, branco, ciano, amarelo-limão e âmbar), que amplia as possibilidades de tons comparado ao sistema RGBW, habitualmente utilizado em projetos de iluminação.

A autoria do projeto é do designer de iluminação Milton Giglio, responsável por projetos como o Carreau du Temple, em Paris, o Palácio Guanabara e o Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

A nova iluminação também vai proporcionar eficiência energética e sustentabilidade, com a adoção da tecnologia de LED, lâmpadas mais compactas e com fluxo luminoso maior, o que vai proporcionar uma economia de 65% no gasto anual com energia. O sistema também tem baixa emissão de CO₂, alinhando a iluminação ao compromisso institucional com sustentabilidade e inovação. Durante o evento, o público ainda poderá acompanhar a experiência inédita de videomapping através de 1700 m² de projeção e 274 mil lumens no Pavilhão Mourisco. A projeção mapeada vai transformar o edifício em uma grande tela para contar os 125 anos da Fiocruz.

 

Com narração da atriz Dira Paes, a iniciativa combina animações, grafismos e fotos históricas que dialogam com os detalhes da arquitetura do Castelo. Entre os temas da projeção, estão o papel da Fiocruz na história da ciência brasileira e sua contribuição para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS) até se tornar um patrimônio nacional e referência internacional da pesquisa em saúde.

A nova iluminação monumental é uma realização da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), do Ministério da Cultura e do Governo Federal, com gestão cultural da Sociedade de Promoção Sociocultural da Fiocruz (SOCULTFio). A iniciativa conta com o patrocínio master da Shell, além do patrocínio do Itaú Unibanco, MRS e EDF, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

Itens proibidos

A segurança de todos os participantes é prioridade para a Fiocruz durante a celebração. Por esse motivo, a entrada de certos itens não será permitida no evento, tais como: armas de qualquer tipo; objetos pontiagudos ou perfurocortantes; explosivos, fogos de artifício e sinalizadores. Cigarros eletrônicos e dispositivos similares; substâncias tóxicas, venenosas ou ilícitas; bebidas alcoólicas; garrafas (exceto, em alguns casos, garrafas plásticas flexíveis de água sem tampa); desodorantes, cosméticos ou perfumes em recipientes com volume superior a 90ml também não podem entrar no evento.

O acesso com outros artigos é barrado, a exemplo de mochilas ou bolsas de grande porte; guarda-chuvas e guarda-sóis (recomenda-se o uso de capas de chuva); capacetes de motos ou similares; máquinas fotográficas ou filmadoras profissionais com lente intercambiável, gravadores, tablets e notebooks; bastões de selfiedroneslasers e walkie-talkies; cadeiras ou bancos; bandeiras e cartazes com mastros ou para fins comerciais; alimentos que não sejam industrializados e lacrados; bichos de pelúcia de qualquer tipo ou tamanho; infláveis de qualquer tipo ou tamanho; e caixas de som ou qualquer outro dispositivo ou instrumento que produza som em volume alto.

Serviço:
Outorga do título de Doutor Honoris Causa a Martinho da Vila.
Dia: 27/11 (quinta-feira);
Horário: A partir das 15h;
Local:  Castelo da Fiocruz (Pavilhão Mourisco);
Endereço: Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ);
Classificação indicativa: Livre;
Entrada Gratuita.

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