16 de dezembro de 2025
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Filipe Luís quer neutralizar PSG, mas ‘sem abrir mão dos princípios’ do Flamengo

Técnico também evita comparações com as gerações de 81 e 2019

Filipe Luís tem a confiança de que é possível vencer o PSG na final da Copa Intercontinental, na quarta-feira (17), às 14h (de Brasília), apesar do enorme desafio. Para isso, o técnico vê dois pilares importantes em seu plano de jogo: o Flamengo precisa neutralizar as jogadas do adversário, mas sem abrir mão de seu DNA ofensivo.
“Não tenho nenhuma dúvida que jogadores tão jovens e tão rápidos nos colocarão em dificuldade em determinados momentos do jogo. Assim como nos colocaram no Brasil, na Libertadores, na Copa de Clubes contra Chelsea e Bayern. Temos uma forma de defender, não defendemos o jogador, defendemos a equipe, a bola, e esperamos tirar o máximo de tempo possível de jogadores determinantes, em especial no meio. Não tenho dúvidas de que teremos armas para neutralizar o ataque do PSG”, disse.
Há menos de seis meses, o Rubro-Negro teve uma missão parecida contra o Bayern de Munique, nas oitavas de final do Mundial de Clubes. Na derrota por 4 a 2, o time tentou jogar e não apenas se defendeu, mas Filipe Luís não vê paralelo entre aquele jogo e o duelo com os franceses.
“Não vamos jogar contra o Bayern, vamos jogar contra o Paris, por mais que a forma que eles pressionem tenha a mesma energia. Acreditei naquela vez que era um plano para vencer o Bayern e eles foram melhores do que nós. Agora, é outro plano, mas sem abrir mão dos nossos princípios, do que é o DNA do Flamengo. Em final, temos que cometer o mínimo de erros possíveis”, avisou.
Diante do que o Flamengo já fez na temporada, e apesar do desgaste físico e mental, o treinador mostra confiança no confronto contra o PSG.
“É possível, é claro que eu acredito e transmito isso para os jogadores. Não somente com palavras, mas realmente acho que eles são os melhores. Encaramos adversários que nos colocaram em dificuldades, o PSG nos colocará em dificuldades, mas temos que encarar todas as fases do jogo para vencer”, afirmou.
Mesmo com os quatro títulos na temporada (Libertadores, Brasileiro, Carioca, Supercopa Rei), para Filipe Luís, a atual geração não superará a de 1981 caso conquiste novamente o mundo nesta quarta-feira.
“Nunca nenhuma geração vai ser maior do que a de 81, que foi a primeira. Se hoje existem 40 milhões de flamenguistas, foi por causa daquela geração. Quantos Arthurs existem pelo Zico, quantos Leandros… Foi uma geração que marcou época e fez os pais levarem os filhos ao estádio por anos. O Flamengo mal e eles apoiando por conta daquela geração mágica, mas repito: esse grupo tem o sonho de fazer a sua própria história. São feitos que vão aumentar ainda mais a geração de 81, de 2019”, garantiu.

Outras declarações de Filipe Luís

Elenco experiente para jogos internacionais
“Até não ganhar a Libertadores, nosso time não sabia jogar Libertadores e era experiente. Foi o que escutei a temporada inteira, que era sem alma e não era cascudo. Ganhamos e agora somos um time com experiência. Penso na qualidade dos jogadores. Esse PSG ganhou a Champions contra um dos times mais experientes da Europa, uma das melhores defesas, que é a Inter de Milão. Esse elenco já mostrou que tem jogadores gigantescos, que já pssaram pela Europa e ganharam o direito de jogar no Flamengo, porque são muito bons”.
Meio de campo é a chave para ganhar do PSG
“Não só o Paris, mas a maioria dos jogos se define pelo domínio territorial no meio de campo. São jogadores tão dinâmicos e poderosos fisicamente, que cobrem o campo, fazem duas funções e é difícil de defender. São várias equipes que jogaram contra eles, com estratégias diferentes, e poucos conseguiram neutralizar. Nossa equipe vai ter que fazer um jogo perfeito para neutralizar a melhor equipe do mundo”.
Dá para tirar lição do Chelsea no Mundial ou do Corinthians em 2012?
“O Chelsea fez um jogo perfeito contra o PSG, soube anular bem o ataque deles e era outro contexto. Outro tipo de grama, de clima, calor… Outro momento no ano, em fim de temporada, mas o Chelsea soube machucar o Paris quando tinha a bola e deu o caminho para outras equipe a partir dali. É outro Paris, perdeu um dos melhores jogadores, que é o Hakimi, mas tem um elenco com muita qualidade para repor essa peça e ser sólido do mesmo jeito da temporada passada. O jogo do Corinthians com o Chelsea foi 13 anos atrás e o futebol mudou muito nesses anos. Um jogo tudo pode acontecer, nos últimos anos sempre caiu no lado deles e espero que a gente possa mudar essa história”.

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