Execuções no Irajá tiveram participação de três criminosos com fuzil e pistolas
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) já sabe que foram três os atiradores responsáveis por matar dois homens em situação de rua, e deixar um terceiro ferido, sob os trilhos suspensos do metrô, ao lado da entrada da estação de Irajá, na Zona Norte, na madrugada desta sexta-feira (17). Eles saltaram de um carro na Avenida Pastor Martin Luther King Jr., se aproximaram e efetuaram os disparos à queima-roupa, usando um fuzil e duas pistolas de calibres diferentes, sem chance de defesa às vítimas. As informações são do RJ2, da TV Globo.
Dentre os mortos, apenas um já foi identificado. Trata-se do percussionista Etevaldo Bispo dos Santos, conhecido como ‘Bahia’, de 52 anos. O local onde o crime aconteceu costumava receber oficinas e ensaios do Movimento Afro Cultural Batikum Ilu Odara, dos quais Etevaldo participava. Segundo o relato de um dos membros do grupo, Luccas Xaxará, a vítima era deficiente e dizia ter sido percussionista em Salvador, onde nasceu.
Em um vídeo nas redes sociais, Xaxará fez um apelo para tentar localizar familiares de ‘Bahia’ para realizar o sepultamento, já que ele não tinha documentos, tampouco parentes no Rio: “A gente está mobilizando para tentar chegar a familiares, a pessoas que conheceram o Etevaldo, para ver se a gente consegue algum documento oficial, para oferecer um sepultamento digno”, comentou.
Até o início da noite desta sexta, os dois corpos seguiam no Instituto Médico Legal (IML) do Centro, ainda segundo o RJ2, sem que um familiar tivesse aparecido para fazer o reconhecimento.
Já o sobrevivente é Jaílton Matias Anselmo, de 37 anos. Bombeiros o encaminharam, em estado grave, ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também Zona Norte. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que a família dele não autorizou a divulgação de informações atualizadas sobre o quadro de saúde.