Ex-servidora da Anvisa e despachante são denunciados pelo MPF por esquema de corrupção no Galeão

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal uma ex-servidora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e um despachante alfandegário por facilitarem a liberação de mercadorias de empresas de importação no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.

De acordo com a denúncia, a ex-servidora recebeu propina para facilitar processos de entrada de produtos no país. Ela foi denunciada por corrupção passiva e o despachante foi denunciado por corrupção ativa. As identidades dos dois envolvidos não foram divulgadas.

As investigações mostraram que, quando a licença demorava de 20 a 30 dias para sair normalmente, nas mãos da funcionária acontecia a liberação em um dia ou em algumas horas. E que essa rapidez era fruto de corrupção.

A apuração mostrou que ela atuava em parceria com um despachante e recebia propina de duas empresas para agilizar a liberação das licenças. De acordo com a denúncia, ela manipulava o sistema interno para que ela ficasse responsável por analisar os pedidos de autorização de importação.

A liberação dos produtos das duas empresas envolvidas no esquema era realizada sem uma justificativa sobre a urgência nos despachos.

A investigação começou em 2014, no Porto de Santos, no Estado de São Paulo, quando um esquema parecido foi identificado. Os agentes perceberam que duas empresas que atuavam no local transferiram as operações para o Aeroporto Internacional Tom Jobim.

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