27 de novembro de 2025
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Em quatro dias de Operação Barricada Zero, Governo do Estado remove 1.500 toneladas de barricadas em comunidades

Equipes iniciaram a retirada dos obstáculos em comunidades da Cidade Alta, na Zona Norte da Capital, onde foram encontradas as maiores barricadas até o momento. Estão atuando também em outros seis municípios. Dois fuzis foram apreendidos

No quarto dia consecutivo de Operação Barricada Zero, o Governo do Estado retirou, nesta quinta-feira (27/11), mais 318 toneladas de materiais utilizados por criminosos para fazer barricadas em comunidades localizadas na Zona Norte da capital, e nos municípios de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Mesquita, Queimados. Desde o início da ação, que é coordenada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI),  já foram extraídas 1.500 toneladas de obstáculos, possibilitando o enfraquecimento das organizações criminosas e a liberação das vias para a população das comunidades


Ao todo, foram 22 pontos de atuação simultânea, distribuídos em sete municípios. Na capital, as ações foram iniciadas nas comunidades da Cidade Alta, Pica-Pau, Kelsons, Quitungo, Tinta, Dourados, Dique, Furquim Mendes, Guaporé, Campinho e Fubá. No município de Duque de Caxias, as vias da comunidade do Lixão já estão sendo pavimentadas após a retirada dos obstáculos, e as equipes seguem o trabalho de remoção dos obstáculos instalados na Mangueirinha. As comunidades Dom Bosco (Queimados), Grão Pará e Buraco do Boi (Nova Iguaçu), e Cidade de Deus (RJ) já estão livres de barricadas.

– É importante destacar que algumas comunidades já estão livres das barricadas, os órgãos do Governo do Estado e do município irão monitorar para garantir que essas barricadas não retornem. Mas é importante que a população também participe ativamente desse monitoramento, principalmente a partir do Disque Denúncia. O canal está com um programa preparado para receber essas denúncias e repassar as informações imediatamente para a coordenação da operação – declarou o secretário do Gabinete de Segurança Institucional e coordenador da Operação Barricada Zero, Edu Guimarães, durante entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Atuação preventiva e integrada

Durante a parte da manhã, criminosos tentaram impedir a atuação policial: no Campinho, chegaram a atirar contra os agentes, e na Cidade Alta, incendiaram pneus e outros objetos. A Polícia Militar chegou a fechar, de forma preventiva, a Avenida Brasil por aproximadamente uma hora, para proteger a população de ataques criminosos, mas a situação foi estabilizada.

– Tivemos confronto nas comunidades do Campinho e do Fubá, mas conseguimos estabilizar o terreno e liberamos a região para o trabalho das equipes. Adotamos protocolos de segurança na Cidade Alta, um fechamento preventivo, para proteger e garantir a integridade física das pessoas. A PM vem trabalhando de forma integrada com os outros órgãos, visando principalmente liberar as comunidades da opressão, e devolvendo esses locais aos verdadeiros donos, que é a população de bem que mora nas comunidades – afirmou o secretário de Estado de Polícia Militar, Coronel Marcelo de Menezes.

Combate firme à criminalidade

Ainda na região da Cidade Alta, foram removidos oito veículos incendiados que estavam sendo utilizados como barricadas. A Polícia Militar também prendeu dois criminosos que portavam dois fuzis. Eles se depararam com agentes do 16º BPM (Olaria), que realizavam um cerco tático na região da Estrada do Porto Velho, em Cordovil.

A Polícia Civil reforça as investigações relacionadas à Operação Barricada Zero. A corporação prendeu dois criminosos responsáveis por atirar contra um servidor da prefeitura que auxiliava na retirada de barricadas no Corte Oito, em Duque de Caxias, no segundo dia de operação (25/11).

– Prendemos, em menos de 24 horas, os dois indivíduos envolvidos no disparo de arma de fogo que alvejou o operador de retroescavadeira numa comunidade em Duque de Caxias. A Polícia Civil vai continuar investigando todos os fatos relacionados à operação – destacou o diretor do Departamento Geral de Polícia da Baixada Fluminense, Gabriel Ferrando.

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