Eletronuclear representou o Brasil na Missão Lat-INOS
Primeira edição deste ano avaliou centrais nucleares argentinas
De 5 a 9 de fevereiro, a Eletronuclear participou de mais uma Missão Lat-INOS. A sigla INOS refere-se ao termo em inglês para supervisão nuclear independente (Independent Nuclear Oversight). A missão é fruto de acordo firmado entre Brasil, Argentina e México para cooperação mútua das usinas desses países e fortalecimento da segurança das suas centrais nucleares. A missão consiste em, a cada ano, dois membros do acordo avaliarem o terceiro país, em esquema de rodízio.
Neste mês, Brasil e México avaliaram a governança corporativa e a supervisão independente da NucleoEléctrica Argentina, a operadora das centrais nucleares de Atucha e Embalse. A missão ocorreu por videoconferência. Ilson Soares, da Coordenação de Segurança e Supervisão Independente (CS.DE); Ivan Azevedo (CS.DE); Vinicius Damas (CS.DE); e Rodolfo Grossi, do Departamento de Qualidade na Operação (DQO.T), representaram a Eletronuclear na ocasião.
Excepcionalmente neste ano, teremos duas missões, já que a realizada em fevereiro estava prevista para 2023. Em agosto, vai ser a vez de Brasil e Argentina avaliarem as centrais nucleares do México. A última Missão Lat-INOS com foco no Brasil ocorreu em abril de 2022. Na ocasião, equipes da Argentina e do México analisaram as usinas de Angra dos Reis e propuseram sugestões de melhorias para tornar nossa central nuclear ainda mais segura.
“Embora o Brasil tenha atuado como revisor nessa última missão, ainda assim foi uma oportunidade para desenvolver um olhar amplo para o setor e avaliar as nossas práticas com vistas a melhorias”, enaltece Ilson, coordenador da participação da Eletronuclear na missão.
Usinas nucleares na América Latina
A Argentina conta com três usinas nucleares em operação: Atucha I, Atucha II e Embalse. A potência total instalada dessas três usinas é de 1.763 megawatt (MW). Trata-se do país com o maior número de reatores em operação na América Latina, mas é o terceiro em capacidade instalada. O Brasil, com suas duas usinas (Angra 1 – 640 MW e Angra 2 – 1.350 MW), possui a maior capacidade de geração (1.990 MW). O México também tem duas usinas nucleares em seu território, que somam 1.640 de capacidade instalada (Laguna Verde 1 – 820 MW e Laguna Verde 2 – 820 MW). A Argentina está construindo sua quarta usina nuclear, Carem 25 (25 MW), e o Brasil, sua terceira, Angra 3 (1.405 MW).
