7 de outubro de 2025
DESTAQUENotíciasNotícias 24hs

Dia das Crianças: Comércio prevê vendas estáveis; famílias buscam equilíbrio entre orçamento e presentes

O DIA preparou lista com sugestões de presentes para todos os bolsos

Faltando pouco para o Dia das Crianças, o comércio carioca projeta vendas semelhantes às do ano passado, uma das datas mais aguardadas pelo setor de brinquedos e pelo varejo em geral. Pesquisa do Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio) aponta que 70% dos lojistas esperam repetir o patamar de 2024, enquanto 20% acreditam em leve queda de até 2% e apenas 10% projetam crescimento. Já o ticket médio deve variar entre R$ 110 e R$ 220, com predominância de compras pagas no cartão de crédito ou débito.
Para o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, o cenário é de cautela. “O Dia das Crianças é considerado o Natal para o segmento de brinquedos, que, a exemplo do comércio em geral, também vem sofrendo com a concorrência desleal da informalidade. Em datas como esta, a cidade fica inundada de produtos piratas e contrabandeados, fora da conformidade técnica, com qualidade inferior e sonegação tributária”, afirmou.
Orientações para os pais

Além do impacto no comércio, a data pressiona o orçamento das famílias. Para o educador financeiro Alexandre Miserani, professor de Economia do UniArnaldo Centro Universitário, o cuidado deve ser redobrado. “O perigoso é achar que o Dia das Crianças é um Natal antecipado ou um segundo aniversário. O ideal é tratar a data como um momento de lembranças e não de presentes caros. Mais do que R$ 100 pode comprometer as finanças e aumentar a expectativa da criança em ganhar algo cada vez maior”, disse.

Miserani sugere apostar em experiências, livros e brinquedos educativos em vez de gastar com itens de alto valor. “São opções que valorizam a infância e tiram o foco consumista. Já o parcelamento deve ser evitado: é uma cilada, pois logo em seguida vem o Natal, quando os gastos são ainda maiores”, alerta.

Famílias se organizam — ou improvisam

Entre os consumidores, há quem planeje cada detalhe para não comprometer o orçamento. Isabely Curtis, 25 anos, mãe solo de um menino de 2 anos e meio, já se preparou para a data. “Pretendo gastar até R$ 300. Ele ama moto, então penso em uma motinho elétrica. Também cogito ferramentas montessorianas ou uma pista de carrinhos. Tudo vai depender do orçamento, porque o Natal está logo aí”, diz.

Isabely costuma separar o valor com antecedência. “Sou mãe solo, então me planejo sempre. Em setembro já reservo o dinheiro ou faço trabalhos extras. Se preciso, recorro ao cartão de crédito, mas sem comprometer o ritmo da casa”, disse. A compra será on-line, pela praticidade. Ela também preparou uma experiência: o filho vai conhecer o mar pela primeira vez: “Para mim, o Dia das Crianças é mágico. Quero que ele tenha essa lembrança de carinho e afeto, não só de brinquedos.”

Já a profissional de Educação Física Milena Varella, mãe de uma menina de 7 anos, não costuma planejar tanto. Além da filha, ela ajuda um abrigo com cerca de 15 crianças. “Pretendo gastar em torno de R$ 500 com o abrigo e R$ 200 com minha filha. Ela é básica. Às vezes prefere passear ou comprar algo para os bichinhos. Costumo deixar para a última hora, encaixo uma ida ao shopping e resolvo tudo de uma vez”, conta.

Milena admite recorrer ao parcelamento. “Ainda não comprei, mas costumo parcelar. Achei tudo muito mais caro neste ano. Lá em casa, a gente opta bastante por experiências. Ano passado fomos para Minas Gerais, já viajamos para Friburgo e Petrópolis. Minha filha prefere isso a ganhar presentes grandes”, explica.

Para ela, a data é simbólica. “É celebrar um momento tão único. Criança enxerga coisas que a gente já não vê mais. É ratificar a família, o amor e essa fase pura.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *