Destino frequente de cargas roubadas, favela da Ficap é alvo de operação da PM
Policiais do 41° BPM (Colégio) realizam, na manhã desta segunda-feira (15), operações em oito comunidades da Zona Norte da cidade. A Ficap, conhecido reduto e destino de mercadorias e veículos frutos dos roubos de carga, é uma das que amanheceram com a polícia em suas ruas. Na Região Metropolitana, policiais operam em quatro comunidades.
Na Zona Norte, a equipe do 41° BPM está nos complexos da Pedreira, do Chapadão e nas comunidades da Ficap, Juramento, Az de Ouro, Proença Rosa, Malvina e Beira Rio. Segundo a Polícia Militar, ainda não há informações de prisões ou feridos nestas ações.
Na região Metropolitana, policiais do 15° BPM (Duque de Caxias) operam no Complexo da Mangueirinha e nas comunidades do Lixão, Vila Ideal e São Pedro. Também não há, até o momento, informações sobre prisões ou feridos.
Comunidade da Ficap e o roubo de carga
A comunidade da Ficap tem sido, recorrentemente, alvo de operações que visam combater os roubos de cargas na região. Há cerca de um mês, a mesma equipe do 41° BPM (Colégio) apreendeu parte de uma carga roubada com pães e latas de tinta, na comunidade da Ficap. De acordo com a Polícia Militar, um policial ficou ferido durante um tiroteio com os bandidos.
Na ação, os militares identificaram um caminhão de pequeno porte com a carga. Segundo a corporação, os materiais roubados foram levados à Ficap. Na chegada dos agentes ao local, os bandidos atiraram e houve confronto. O PM ficou ferido na panturrilha e foi socorrido ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, onde recebeu atendimento e teve alta.
Já no dia 26 do mês passado, policiais apreenderam uma grande quantidade de medicamentos roubados, que foram levados por criminosos para a comunidade.Além dos medicamentos recuperados, os policiais apreenderam uma pistola, munições e um rádio comunicador.
Segundo informações divulgadas pela PM, durante a ocorrência, os criminosos efetuaram disparos contra a equipe, que reagiu à ação. Após a troca de tiros, um homem foi encontrado ferido e levado ao Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
Além das constantes práticas no local, o Rio, desde o ano passado, sofre com esses crimes. Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que estas práticas já causaram um prejuízo de R$ 388 milhões aos cofres do estado, no ano passado.
Nesta segunda-feira (15), caminhoneiros estão realizando uma manifestação, na Avenida Brasil, altura da Penha, na Zona Norte, contra estes tipos de práticas – eles pedem mais segurança para a categoria. “Já morreram três motoristas, quantos mais ainda precisam morrer?”, diz uma faixa do protesto. “Roubo de cargas agride a sociedade, gera mais desemprego e os produtos ficam mais caros para a população”, diz outra.
