Defesa Civil diz que liberação de pavilhão no Ceasa depende da conclusão dos reparos
Uma semana depois do incêndio de grandes proporções que destruiu 28 lojas no Ceasa de Irajá, na Zona Norte do Rio, ainda há pontos de fumaça sob os escombros e não há previsão para liberação da área. Segundo a Defesa Civil municipal, a desinterdição do pavilhão 43 só pode ser solicitada pelos proprietários, seja para realização de limpeza, restauração do espaço ou após o término de reparos necessários.
A reportagem de O DIA esteve na central de abastecimento na terça-feira (9) e novamente nesta quarta-feira (10). No primeiro dia, a equipe identificou um mau cheiro muito forte devido aos alimentos estragados dentro dos boxes. Já nesta quarta, o odor havia amenizado, e boa parte dos produtos perdidos no incêndio foi removida por caminhões da própria administração do Ceasa.
Apesar do avanço, a Defesa Civil ainda mantém as restrições estruturais de segurança, usando fitas amarelas para limitar a circulação no espaço. Questionada sobre a liberação do espaço, a administração do Ceasa diz que a remoção dos dejetos e até de óleo proveniente de lojas e caminhões atingidos pelo incêndio está sendo feita de forma contínua.
“A retirada é realizada diariamente com o uso de equipamentos como retroescavadeiras, para acelerar o processo de limpeza pesada”, informou a gestão da central.
Por causa dos focos isolados de fumaça, a Brigada de Incêndio do Ceasa tem trabalhado em revezamento 24 horas por dia, realizando o rescaldo e monitorando focos ainda ativos. Conforme informado pela administração, a segurança no entorno também está reforçada com a presença de policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e de vigilantes da segurança privada.
Enquanto isso, os lojistas vivem a expectativa de retornar ao trabalho e recuperar o dinheiro perdido em meio à destruição. Um dos comerciantes que teve a loja destruída afirmou que a previsão de recuperação do espaço preocupa os trabalhadores, que acreditam que a reconstrução pode levar mais tempo.
Por meio de nota, a Defesa Civil também orientou que “o processo de desinterdição pode ser feito de forma digital, no site carioca.rio”.

