CPNU consolida política pública de recomposição da força de trabalho federal
Com provas realizadas em 228 cidades e operação sem intercorrências, Governo do Brasil destaca que o CPNU fortalece a administração pública, amplia a presença do Estado e contribui para políticas sociais que chegam a quem mais precisa
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou, neste domingo, 7 de dezembro, o balanço da aplicação das provas discursivas da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2). A ministra destacou que o concurso consolida uma política pública estruturante do Governo do Brasil para recompor a força de trabalho federal e fortalecer a oferta de serviços públicos essenciais em todo o país.
Durante coletiva na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Dweck informou que o dia de aplicação transcorreu com tranquilidade, repetindo o resultado positivo da primeira etapa. A operação contou com atuação integrada de órgãos federais, estaduais e municipais. “As provas chegaram a todos os locais sem nenhuma ocorrência. Acompanhamos toda a operação no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, com equipes da Polícia Rodoviária Federal e de todos os estados. Foi tudo muito tranquilo”, afirmou.
Foram aplicadas provas em todas as 228 cidades previstas. Dos 42 mil convocados para esta etapa, a abstenção foi de 20% — índice considerado dentro do esperado para concursos em duas fases e muito inferior ao registrado na primeira etapa, que chegou a 40%. “Isso reforça a consolidação do modelo e o interesse crescente da população no concurso”, avaliou.
INOVAÇÃO – A ministra ressaltou que o CPNU deixou de ser apenas uma inovação e passou a integrar a estratégia de reconstrução das capacidades estatais. Ela lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a abertura de vagas e incorporou o CPNU como instrumento de fortalecimento da administração pública e de ampliação do acesso a oportunidades.
“Quando voltamos ao governo, encontramos um Estado com baixa capacidade de ação: faltavam pessoas, instrumentos e vontade política. O ministério foi criado para recuperar essas capacidades, e o CPNU cumpre esse papel”, afirmou.
OCDE – Dweck citou estudo recente da OCDE que aponta avanço na confiança da população no serviço público: o índice passou de 26% em 2022 para 38% em 2025, acima da média latino-americana. Para ela, o fortalecimento do Estado está diretamente ligado a resultados sociais recentes, como redução da pobreza, queda da desigualdade e saída do Brasil do mapa da fome. “A contratação de pessoas é essencial para garantir que as políticas cheguem a quem mais precisa”, destacou.
Sobre o CPNU 1, a ministra informou que todas as vagas foram providas, incluindo chamadas adicionais. Das 6.640 vagas abertas na primeira edição, o provimento é total. Somando o CPNU 2 a outros concursos autorizados pelo Ministério, a administração pública federal terá cerca de 22 mil novos servidores entre 2023 e 2026, sem contar universidades e institutos federais.
PRESENÇA FEMININA – Dweck apresentou também os números da política afirmativa que garantiu equilíbrio de gênero na segunda fase. Entre os 42.499 convocados, 57,12% são mulheres. Sem o mecanismo de equiparação, a proporção seria invertida. “Chamamos mulheres apenas nos cargos com predominância masculina, para garantir equilíbrio. Nos cargos com maioria feminina, como saúde, não houve equiparação”, explicou.
Dweck citou o caso do cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa, no bloco 7: inicialmente, 63% dos aprovados eram homens. Com a equiparação, a proporção passou para 50%/50%, ampliando a participação feminina em mais de 500 candidatas.
A ministra apresentou ainda os dados gerais de diversidade: entre os convocados, 14.600 são pessoas negras, 634 indígenas, 616 quilombolas e 4.198 pessoas com deficiência — proporções superiores às reservas previstas em edital. Participaram do CPNU candidatos de quase 5 mil municípios, e a etapa discursiva foi aplicada em 100% das cidades previstas.
ATUAÇÃO INTEGRADA – Dweck agradeceu o trabalho das equipes envolvidas na operação, destacando a integração entre Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Força Nacional, governos estaduais, Casa Civil, AGU, CGU, Secom, Abin, Ipea, Enap, Dataprev, FGV e diversas áreas do MGI. “Esse é um trabalho coletivo que demonstra a capacidade do Estado brasileiro de atuar de maneira coordenada e eficiente”, afirmou.
CRONOGRAMA – A nota preliminar da prova discursiva e o espelho de correção serão divulgados em 23 de janeiro de 2026. Os pedidos de revisão poderão ser apresentados nos dias 26 e 27 de janeiro. A lista final de convocados está prevista para fevereiro de 2026, conforme o cronograma oficial.
Confira o cronograma previsto completo.

