CCEE aponta que chegada da primavera pode elevar uso de aparelhos elétricos
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) registrou consumo médio de 68.953 megawatts médios no Brasil em setembro. O volume representa uma queda de 3,5% em relação ao mesmo período de 2024, reflexo das temperaturas mais amenas do fim do inverno.
De acordo com a CCEE, a variação de temperatura é um dos principais fatores que influenciam a utilização de eletricidade no país. O aumento do uso de aparelhos de refrigeração, como ventiladores e ar-condicionado, tem impacto direto sobre a demanda, especialmente no ambiente regulado, que reúne residências, pequenos comércios e empresas de médio porte. Nesse segmento, a carga foi de 39.099 MW médios, queda de 4,6% na comparação anual.
No ambiente de contratação livre, no qual consumidores podem escolher seus fornecedores de energia com base em critérios como preço, tipo de fonte e flexibilidade contratual, foram utilizados 29.854 MW médios. Nesse mercado, a CCEE observou redução de 2% no comparativo com setembro de 2024.
Para a Câmara, os dados reforçam o papel do monitoramento contínuo do consumo de energia como um termômetro importante da atividade econômica e do comportamento do setor elétrico brasileiro. As informações, apuradas em tempo real pela instituição, servem de base para o planejamento de agentes, investidores e formuladores de políticas públicas em todo o país.
Desempenho setorial no mercado livre
A Câmara de Comercialização também acompanha o comportamento do consumo em 15 ramos de atividade econômica que atuam no mercado livre, oferecendo indicadores que ajudam a avaliar o ritmo da economia brasileira. Em setembro, as maiores taxas de crescimento foram observadas nas indústrias de Minerais Não Metálicos (+2,9%), Têxteis (+2,6%) e Manufaturados Diversos (+2,3%). Por outro lado, as quedas mais expressivas foram registradas nos ramos de Veículos (-9,2%), Telecomunicações (-7,6%) e Serviços (-6,6%).
Na leitura regional da CCEE, na comparação com o mesmo período do ano passado, o Maranhão teve o maior aumento, de 6,9%, seguido pelo Acre (4,3%) e Piauí (3,5%), enquanto na contramão, com as maiores reduções, ficaram Espírito Santo (-14,8%), Rondônia (-13,5%) e Rio de Janeiro (-10,5%).