Com incêndio, 30% dos ônibus que operavam nas ruas de Petrópolis foram consumidos pelo fogo

Quase 30% da frota de ônibus que prestam serviços aos moradores de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foi perdida em incêndio na garagem das empresas Cascatinha e Petro ita nesta madrugada. Segundo a prefeitura, as viações eram responsáveis por 115 dos 310 veículos da cidade. Desse total, 90 desses coletivos foram consumidos pelas chamas.

O número perdido representa 80% do total da frota das empresas. Em nota divulgada nesta terça-feira, o município informou autorizou o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Petrópolis (Setranspetro) “a buscar todos os meios necessários para garantir o atendimento à população”.

Pelas ruas de Petrópolis, o dia começou com surpresa para muitos.

— Eu saí da casa da minha namorada e fiquei no ponto (de ônibus) esperando. Foi quando passou um rapaz dizendo “não vai ter ônibus” — conta o artesão Claudio Hammes, de 59 anos, que tinha como destino o Centro de Petrópolis. — O cobrador estava mostrando o vídeo do incêndio para os passageiros, enquanto o motorista estava quase chorando, dizendo que o ônibus que ele mais gostava de dirigir tinha sido queimado.

Além dos veículos da Cascatinha e Petro Ita que não foram destruídos pelo incêndio, ônibus da Master Transportes, de São João de Meriti, subiram a Serra para suprir a demanda nas ruas. As três empresas pertencem ao mesmo grupo empresarial. O Setranspetro não informou o número do efetivo extra.

Já o advogado Rafael Ferro, de 23 anos, não passou por transtornos na rua. Mas é porque está preocupado com o impacto que essas baixas na frota poderiam ocasionar ao seu dia:

— A linha que costumo utilizar (401 Independência—Centro) já é muito cheia normalmente, imagina com um problema desses. Por isso, hoje não vou sair de casa justamente por causa do incêndio.

O comércio da cidade também foi afetado pela falta de ônibus. Em uma ótica localizada no Centro de Petrópolis, na rua do Imperador, a operadora de caixa Daniela de Cavalho, de 42 anos, conta que a chegada ao trabalho foi com atraso para muitos colegas.

— Moro no bairro Quarteirão Italiano e consegui uma carona para chegar ao trabalho. Mas a maioria dos funcionários aqui da loja dependem de ônibus: um colega que tinha que chegar às 9h, chegou já às 11h — conta Daniela sobre o início do dia complicado. A preocupação agora é com os próximos dias. — Os pontos de ônibus estavam lotados, a rodoviária também, não sei como vai ser amanhã ou depois; vamos chegar em casa sabe lá deus como.

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