Cláudio Castro dá início às detonações de rochas na obra da estação de metrô da Gávea
Esgotamento da água dos poços foi concluído três meses antes do previsto, permitindo o avanço mais rápido da nova fase das intervenções
O governador Cláudio Castro anunciou a nova fase de obras da estação de metrô da Gávea, nesta quinta-feira (11/12). Ele e a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem, acompanharam o início das detonações de um trecho de 60 metros de extensão de rocha, que vai abrir caminho até São Conrado. Pelo cronograma, esta fase seria iniciada em fevereiro de 2026, mas foi antecipada em três meses. Quando estiver operando, a estação de metrô da Gávea vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas por dia.
– A retomada das obras do metrô da Gávea é um exemplo concreto de que a vontade de realizar supera qualquer obstáculo. O que estamos fazendo é, acima de tudo, construir futuro, garantindo que o metrô continue a ser um vetor de transformação para o Rio de Janeiro. Esse avanço só foi possível graças a um grande esforço de diálogo, responsabilidade e articulação institucional para vencer os impasses. Construímos um acordo jurídico sólido, capaz de viabilizar a retomada das obras com segurança, transparência e respeito ao dinheiro público – afirmou o governador Cláudio Castro.
A atual etapa de detonação vai escavar o corpo da estação (plataforma e mezanino) e o trecho de túnel restante, que interliga as estações São Conrado e Gávea. As obras vão dar espaço a toda área da Estação de Metrô Gávea.
Cerca de 140 mil toneladas de rocha deverão ser retiradas ao longo de 12 meses por caminhões basculantes. O material será descartado em local devidamente regularizado. Em paralelo, outras frentes de trabalho vão seguir em andamento, como o preparo para a instalação da via permanente e das estruturas que compõem as saídas de emergência e rotas de fuga.
– Essa obra simboliza a retomada da expansão do sistema metroviário e o compromisso do Governo do Estado com uma mobilidade mais integrada, moderna e eficiente para a população. A Estação Gávea é peça-chave na ampliação da Linha 4 e na conexão entre a Zona Sul, a Barra da Tijuca e toda a Região Metropolitana. Cada avanço aqui traz mais qualidade de vida, segurança no deslocamento, acesso a oportunidades e, sobretudo, mais respeito ao tempo do cidadão. Não é apenas uma estação que estamos construindo. É um novo capítulo para o transporte público do Rio de Janeiro – disse a secretária de Transporte e Mobilidade Urbana, Priscila Sakalem.
As detonações são a fase seguinte ao esvaziamento dos 60 milhões de litros de água – dos poços com cerca de 50 metros de profundidade cada – que ajudaram a manter estável a estrutura. A água foi escoada de forma controlada e segura, passando por um decantador, até desaguar no canal do Rio Rainha. Essa ação prévia da obra física começou em 14 de agosto e foi finalizada três meses antes do previsto, em meados de novembro.
O cronograma da obra inclui a definição do projeto, marcações topográficas, perfuração, carregamento dos explosivos, e isolamento da área para as detonações. Após isso, é realizada a limpeza do local. Em seguida, são instalados tirantes e telas de fixação, de forma a garantir a estabilidade e a segurança das escavações. Por fim, aplica-se concreto projetado para estabilização e proteção.
A previsão de conclusão das obras é de 39 meses, com inauguração prevista para o segundo semestre de 2028.
– A conclusão do esgotamento dos grandes poços é um marco importante. Agora, com o início das detonações das rochas, o cronograma avançará ainda mais. A retomada das obras da estação da Gávea significa um destravamento na expansão do sistema metroviário do Rio de Janeiro. Investir em metrô traz um enorme retorno para a sociedade, melhora a qualidade de vida, impulsiona a geração de empregos e traz impactos sociais e ambientais _ afirma Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio.

