Civil e MPRJ realizam operação contra quadrilha especializada em furto de combustível da Transpetro

A Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam, na manhã desta quarta-feira (26), a “Operação Exagogi”, que em grego significa extração, contra uma quadrilha especializada em furto de combustível de dutos subterrâneos da Transpetro.

A ação é realizada por agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), da Civil, e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, que saíram para cumprir 47 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo.

A operação também visa identificar empresas receptadoras que adquiriram o produto roubado. A ação ainda conta com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), dos GAECOs de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, e da Transpetro.

Os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa e da Auditoria da Polícia Militar estão sendo cumpridos simultaneamente em diversos municípios do Rio de Janeiro e demais estados. No Rio, a operação acontece em Sapucaia, Cabo Frio, Macaé, Quissamã, Pinheiral, Bom Jesus do Itabapoana, Carapebus, São João de Meriti, São Gonçalo, São Fidélis, Campos dos Goytacazes e Nova Friburgo, além dos bairros do Centro e Campo Grande, na capital.

A investigação começou em 2019, quando os agentes receberam denúncias de que três caminhões estavam circulando com óleo bruto furtado no bairro Beira da Lagoa, no município de Quissamã, no Norte Fluminense. Policiais militares foram ao local e localizaram duas carretas com o produto. Os motoristas confessaram o crime e informaram a localização do terceiro caminhão. Onze pessoas foram presas na ocasião. De acordo com os agentes, os caminhões apreendidos armazenavam cerca de 100 mil litros de petróleo.

Trabalhos de inteligência comprovaram que a quadrilha tinha uma hierarquia e divisão de tarefas estruturada. Três pessoas eram apontadas como líderes, sendo que uma cuidava da organização dos motoristas e batedores; outra tratava a logística da derivação clandestina e extração; e a terceira liderança ficava com a parte financeira e organizacional.

A quadrilha também contava com um especialista que auxiliava os soldadores na instalação da mangueira no duto; aliciadores, que buscavam profissionais que trabalhavam, principalmente, em plataformas de petróleo; soldadores; ajudantes, responsáveis por localizar e preparar o terreno no qual seria realizada a derivação e, também, auxiliar nos engates das mangueiras e nos caminhões; pessoas que forneciam notas fiscais falsas e comercializavam o óleo bruto com receptadores; fornecedores dos caminhões, entre outros.

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