Cariocas lotam Mercadão de Madureira para compras às vésperas do Natal
Se reunir a família na noite de 24 de dezembro é uma tradição, o que dizer de ir ao Mercadão de Madureira nos últimos dias que antecedem a data, seja para comprar presentes ou até mesmo itens para a própria ceia de Natal? Nesta segunda-feira (22), como de hábito, milhares de cariocas foram ao centro comercial, sem medo de filas, espera e calor. Tudo em nome do espírito natalino!
Até porque nem só de perrengue se faz a jornada de compras pelo Mercadão, que, segundo os clientes, oferece vantagens que não se encontra em qualquer lugar: um vasto leque de opções de produtos, com lojas para todos os gostos e necessidades, e custos que não maltratam o bolso.
A pedagoga Deborah Monteiro, de 27 anos, revela ao DIA que vai ao centro comercial todos os anos neste período e explicou o motivo: “Porque tem muita variedade e os melhores preços. Compro tudo, desde os descartáveis aos presentes”.
Marcos Maia, 38 anos, elege as mesmas razões ao justificar a disposição para percorrer os incontáveis corredores do complexo de lojas em meio à multidão: “Literalmente, não tem como todo ano não passar pelo Mercadão. Pela variedade de opções de coisas que tem aqui. Desde os itens espirituais, os presentes, coisas para casa… Enfim, a variedade é grande. E os preços também são bons”.
Presentear x economizar
O produtor de eventos, no entanto, reconhece que, apesar dos preços atraentes, nem sempre é tarefa fácil ir às compras de Natal no local sem estourar o orçamento previamente estabelecido: “O mais difícil é equilibrar o financeiro. A gente vem com o planejamento de gastar R$ 1 mil, mas acaba passando um pouquinho. Hoje, por exemplo, vim com o intuito de comprar cinco presentes e itens pessoais para mim, mas acabei levando coisas a mais. Não tem como evitar (risos)”.
Deborah saiu de Bento Ribeiro, onde reside, com o intuito de desembolsar não mais que R$ 800 para os presentes das crianças da família e dos amigos ocultos dos quais participa. Para isso, traçou a estratégia de fazer as compras com calma.
“Vou sem hora para ir embora. Comparo os preços e dou preferência para lojas que dão desconto no atacado”, ensina.
E o perrengue?
Mas apesar de todos os atrativos que o Mercadão de Madureira oferece, a pergunta que não quer calar se torna inevitável: por que deixar as compras para os últimos instantes em vez de antecipá-las? A propósito, viralizou nas redes sociais, neste fim de semana, um vídeo que mostra um “engarrafamento humano” sobre uma passarela do bairro.
Marcos acredita que trata-se de mais uma tradição: “Como todo brasileiro, acabo deixando para a última hora. Quando virou o ano, e 2025 chegou, falei: ‘vou começar a me programar quando for o mês oito, pois já quero no mês 10 estar com minha roupa separada, com tudo programado’. Mas isso nunca acontece”, diverte-se o morador de Bangu, salientando que há quem espere ainda mais para ir ao shopping popular: “Realmente é loucura vir para o Mercadão na última hora. E te digo mais: tem gente que vai vir no dia 24, às 18h”.
Também adepta de ir ao Mercadão nestes dias mais concorridos, Deborah destaca que, passados tantos anos, já não sente mais o peso do perrengue: “Sempre esqueço de comprar alguma coisa. Por mais cheio e tumultuado que seja, eu já estou acostumada e gosto pois eu encontro tudo que preciso”.

