12 de novembro de 2025
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Caminhada intercultural ocupa a Pequena África no feriado de 15 de novembro

Projeto Narrativa Migrante propõe novas formas de escutar e caminhar pelo Rio

O feriado de 15 de novembro será um convite à escuta e à troca de experiências na Pequena África, região símbolo das memórias afro-brasileiras e da formação cultural do Rio. O projeto Narrativa Migrante realiza, neste sábado, a última caminhada aberta ao público, conduzida pela artista Alejandra Rojas, migrante da Venezuela, que divide o percurso com o público em uma experiência de afeto, memória e pertencimento.

A iniciativa reúne migrantes, historiadores e cariocas em sete caminhadas culturais gratuitas que percorrem marcos como o Cais do Valongo, a Pedra do Sal e o Largo da Prainha. A cada edição, uma dupla de narradores, um migrante e um pesquisador brasileiro, guia grupos de até dez pessoas por esses lugares de memória, promovendo reflexões sobre identidade, diáspora e novas formas de habitar a cidade.

Nesta edição, Alejandra Rojas, artista circense e professora de espanhol que viajou o Brasil de bicicleta antes de se estabelecer no Rio, compartilha sua trajetória e propõe uma conversa sobre migração feminina e o desejo de pertencimento. O público é convidado a caminhar junto, ouvir e dialogar sobre as camadas simbólicas do território e das histórias que o compõem.

O Narrativa Migrante é uma realização da ColetivA DELAS, com idealização e curadoria da Feltrip, patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro e da EloGroup, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura (ISS). A proposta é construir narrativas coletivas entre migrantes e moradores, unindo arte, educação e memória em um percurso que revela o poder da escuta e da convivência intercultural.

Outras caminhadas

Ao longo das últimas semanas, o Narrativa Migrante percorreu diferentes trajetos da Pequena África, reunindo vozes e perspectivas que entrelaçam memória e pertencimento. A primeira caminhada, com o cineasta e músico Ayoub Mnakbi (Tunísia), trouxe à tona o poder da arte como linguagem universal, conectando sonoridades árabes e brasileiras em um diálogo sobre identidade e criação. Em seguida, o assistente social Benvindo Manima (Angola) conduziu um percurso de profunda reflexão sobre diáspora, corpo e ancestralidade, partindo do Museu de Arte do Rio até a Pedra do Sal.

 

Programação Caminhadas Narrativa Migrante

Pequena África – Rio de Janeiro

Caminhada com Alejandra Rojas (Venezuela)

Data: 15/11

Horário: 9h às 11h30

Ponto de encontro: Pedra do Sal

Percurso: Pedra do Sal e Cais do Valongo

Mais sobre a ColetivA DELAS (https://www.coletivadelas.com.br/ / @coletiva.delas)

Criada em 2016, a ColetivA DELAS é uma produtora e articuladora cultural com forte atuação na economia criativa e no desenvolvimento de projetos de impacto. Comandada por uma equipe majoritariamente feminina e LGBTQIAPN+, realiza festivais, experiências formativas e conteúdos originais com foco em diversidade, sustentabilidade e inclusão. Já foram mais de 150 ações realizadas, alcançando mais de 3 milhões de pessoas e gerando mais de 2.500 postos de trabalho, com mais de R$ 8 milhões captados para projetos próprios e de parceiros. A empresa atua ainda com consultoria para marcas, gestão de produção cultural e captação de recursos.

 

Mais sobre a Feltrip  (feltrip.com) A Feltrip é uma empresa de tecnologia e bem-estar focada em resolver o problema global do “deslocamento” de pessoas em movimento. Através de sua metodologia proprietária, a Cartografia Relacional, a Feltrip transforma a adaptação (onboarding) em uma prática poética, corporificada e situada.

Fundada pela artista e pesquisadora Fernanda Paixão, a metodologia da empresa é validada em duas frentes:

1. Projetos de Impacto em Campo: Através de projetos como o “Narrativa Migrante”: uma curadoria de caminhadas e conversas na Pequena África e programas de bem-estar para ONGs internacionais.

2. Tecnologia para Empresas: Através de sua plataforma digital, o Map of Relational Presence (MRP). Esta solução de Relational Self-onboarding usa IA poética (IA BOBA) para guiar expatriados e migrantes em um processo diário de mapeamento do seu bem-estar e pertencimento.

A Feltrip está construindo um ecossistema híbrido que une o digital (o MRP) ao físico (uma rede de parceiros locais), garantindo uma experiência de presença relacional completa.

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