‘Botaram a faca no meu pescoço’, diz maquinista da Supervia assaltado em Deodoro

Um dos maquinistas assaltado por dois homens armados, na madrugada do último domingo (4), na sala de tração da estação de Deodoro, na Zona Oeste do Rio, relatou os momentos de tensão que sofreu durante a ação dos bandidos. De acordo com o funcionário da Supervia, a linha férrea estava com alguns materiais de construção que impediam a passagem do trem, o que causou a interrupção do serviço, momento em que os criminosos aproveitaram para cometer o crime.
“Parti de São Cristóvão e estava descendo pra Gramacho, na linha 6, e logo na curva tinha objetos fechando a via, quando é assim a gente tem que parar o trem porque se eu fosse tentar passar o trem poderia cair. No local tinha placa de concreto e tela de ferro em cima do trilho, então eu avisei a cabine, informei a situação e falaram que iam mandar um apoio pra mim. Nisso os caras já subiram, eram dois assaltantes, a minha porta estava aberta, fiquei nervoso na hora, eles me renderam falaram ‘perdeu perdeu’, botaram a faca no meu pescoço”, explicou.
O colaborador explicou também que os bandidos fugiram em direção a São Cristóvão. “Depois eu desci do trem, porque não ia ficar ali, não sou maluco, em seguida fechei as portas, tirei os objetos e fui embora. Também pedi reforço na central, os passageiros ficaram nervosos. Eu graças a Deus estou bem, mas uma hora pode acontecer o pior”, lamentou.
Segundo a SuperVia, os criminosos levaram celulares e pertences pessoais de três maquinistas. O caso foi registrado na 30ª DP (Marechal Hermes). Este é o quarto roubo a colaboradores da concessionária na mesma estação em 2023.
Ainda de acordo com a concessionária, este ano foram registrados 18 assaltos a funcionários nas estações, número que supera os 11 casos registrados em todo o ano passado. “Temos adotado todas as medidas possíveis para garantir a integridade de seus colaboradores, inclusive oferecendo suporte psicológico por meio de seu Núcleo de Saúde Mental”, finalizou em comunicado.

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