Biden chega a Hiroshima em meio a protestos contra realização do G7
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou no Japão nesta quinta-feira (18), numa base aérea americana ao Sul de Hiroshima, cidade que sedia a cúpula deste ano do G7, grupo com algumas das maiores economias do mundo. Ele foi recebido por protestos nos fundos do Rihga Royal Hotel Hiroshima, em que está hospedado. O acesso às laterais e à frente do hotel estão fechados por policiais.
Com cartazes e palavras de ordem contra o G7, o imperialismo e as armas nucleares, os manifestantes foram acompanhados pela polícia o tempo todo. O ato avançou entre hotéis nos quais estarão líderes convidados para a reunião, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda não havia chegado.
O encontro começa nesta sexta-feira, no horário local, na cidade em que os EUA detonaram sua primeira bomba atômica sobre população civil, em 1945. Biden se reuniu ainda na quinta com o premiê japonês, Fumio Kishida, que perdeu familiares no ataque e iniciou sua carreira como parlamentar por Hiroshima.
Hiroshima está ocupada por 24 mil policiais mobilizados pela Agência Nacional de Polícia, cujo comissário-geral se transferiu para a cidade para comandar um escritório especial de segurança. As forças incluem equipes antiterrorismo e especializadas na desativação de explosivos. A mobilização foi ampliada após Kishida ser alvo de um atentado a bomba, em 15 de abril, em Wakayama, também no sul do Japão.
A reunião do primeiro-ministro com Biden foi no próprio Rihga Royal Hotel, no mesmo horário em que passou o protesto, perto de 19h. Kishida, falando aos jornalistas antes do encontro, anunciou que iria “continuar a apoiar os esforços da Micron” para investir na produção de semicondutores no Japão. Segundo a Bloomberg, a empresa americana, que passa por sindicância na China, vai receber US$ 1,5 bilhão do governo japonês para produzir chips avançados no país.
Em seguida, Biden disse “agradecer pelo compromisso do Japão de aumentar o investimento em áreas como semicondutores” e comentou: “Quando nossos países estão juntos, ficamos mais fortes”.