16 de outubro de 2025
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Baixada Fluminense perde 47% de empregos formais em 10 anos

Um estudo recente da empresa Nutrab Pesquisa e Consultoria, detectou que a Baixada Fluminense perdeu 6.483 empregos formais, de 2014 até abril de 2024, que corresponde a 47% da massa trabalhadora com carteira assinada da região. Esse saldo é a diferença entre trabalhadores admitidos e os desligados.

 

De janeiro até dezembro de 2014, os treze municípios que compõem a Baixada Fluminense, criaram 13.814 empregos formais. Duque de Caxias liderava o ranking de empregos celetistas na época, com saldo de 6.326 empregos formais, seguido de Nova Iguaçu, com 3.055, São João de Meriti, com 1.737, Belford Roxo, com 1.183 e Itaguaí, com 891 novos postos de trabalho.

De janeiro até abril de 2024, foram criados 7.331 novos postos de trabalho na Baixada. Seropédica, que em 2014 era o último lugar no ranking de criação de empregos formais dos municípios da Baixada Fluminense, esse ano está em primeiro lugar, com a criação de 3.730 novos postos de trabalho, seguido de Nova Iguaçu, com 2.439, Duque de Caxias, com 2.220 e Itaguaí, com 872 empregos celetistas.

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Em 2014 estávamos no primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff, ela foi reeleita, a taxa de desemprego fechou o ano em 4,8%, sendo o menor resultado da série histórica, na época. O Rio de Janeiro respirava Copa do Mundo, apesar da ressaca dos 7×1 e aguardava as Olimpíadas de 2016. O mercado de trabalho estava muito ativo, com grandes contratações. Existia naquela época disputa pelo trabalhador. O turnover era grande, não por demissões pelas empresas, e sim por opção dos trabalhadores que trocavam de emprego por pequenas diferenças de salário e benefícios. Existia na época diversos cursos de qualificação profissional. O projeto Pró Jovem foi o grande sucesso do governo Federal, que qualificava e inseria os trabalhadores no mercado de trabalho através dos postos do SINE. Logo em seguida, em 2016, houve o golpe e tiraram a presidenta Dilma do poder. Temer assume e consegue aprovar a reforma trabalhista. Em seguida, Bolsonaro desmonta o Ministério do Trabalho e o governo começa a apostar no empreendedorismo. Com o desemprego, muitos trabalhadores acabaram como motorista de aplicativos e os entregadores acharam que ter uma bicicleta e sair pedalando com isopor nas costas, eles eram empresários. O resultado final já sabemos.

Agora com a volta do presidente Lula, o mercado de trabalho está reagindo, muitas empresas anunciaram grandes investimentos, voltando a contratar. O desemprego baixou. Precisamos muito da volta do Pró Jovem, pelo Governo Federal. O mercado de trabalho está aquecendo mas existe falta de mão de obra qualificada para suprir as necessidades das empresas. Hoje sobram vagas de emprego por total falta de preparo dos trabalhadores. Na média, somente 30% das vagas são preenchidas.

A Baixada Fluminense, apesar das dificuldades de transporte, entre outras, sempre foi celeiro de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho da capital, principalmente para o setor de Serviços. Inacreditável o que está acontecendo em Duque de Caxias e São João de Meriti. Não existem nesses municípios políticas públicas de geração de emprego. Os atuais gestores da pasta de Trabalho, devido a acordos políticos dos prefeitos com vereadores, não sabem o tamanho da caneta que eles têm e quem sofre são os trabalhadores em busca do tão sonhado emprego. Precisamos mudar isso, e rápido!!

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