Arena MRV: após 55 anos, Atlético-MG volta a jogar em casa própria; veja como foi a trajetória até a nova era
Domingo, 16h. Dia e hora de o Atlético-MG iniciar uma nova era nos 115 anos do clube. A Arena MRV, que receberá o duelo com o Santos, pelo Brasileirão, põe fim a um hiato de 55 anos sem jogos do Galo em “casa própria”.
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Antônio Carlos, antigo e novo Independência e Mineirão foram casas do Galo — Foto: Infoesporte
Antes dele, o Alvinegro jogava em um campo na Avenida Paraopeba – atualmente Augusto de Lima, onde está localizado o Minascentro – ou no Prado Mineiro.
Em 1926, a diretoria atleticana permutou com a prefeitura o campo da Avenida Paraopeba por um terreno em Lourdes. Foram três anos de espera até a inauguração, em 30 de maio de 1929, do Antônio Carlos, estádio que levaria o nome do governador de Minas à época, um dos apoiadores do empreendimento.
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Antigo Estádio Presidente Antônio Carlos, do Atlético-MG — Foto: Museu do Mineirão/ Acervo do Museu Histórico Abílio Barreto
Na estreia, vitória por 4 a 2 sobre o Corinthians. Em campo, o famoso Trio Maldito: Mário de Castro, Jairo e Said. Com o novo palco, até 1950, quando surge o Independência, o Atlético foi campeão mineiro 11 vezes (o Cruzeiro ganhou seis edições), além de ter sido Campeões dos Campeões de 1937, título que a CBF acaba de reconhecer como Brasileiro.
Por aquele gramado, passaram ainda a lenda Guará (viveu glória e drama no Antônio Carlos), o histórico Friedenreich (fez um jogo pelo Alvinegro), ídolos como Kafunga, Murilo, Ramos, Zé do Monte, Nívio, Afonso e tantos outros – alguns ainda seriam ídolos da próxima era, o Independência.
Porém, a Copa do Mundo disputada no Brasil abriu caminho para a construção de uma praça esportiva maior em Belo Horizonte. Aos poucos, o Atlético foi deixando o Antônio Carlos e mandando partidas no novato Independência, agora como “inquilino”. Também obteve hegemonia nas conquistas do Mineiro, sendo pentacampeão entre 1952 e 1956. Teve Ubaldo como grande nome da época.
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Torcedores do Atlético-MG no Mineirão — Foto: Rodrigo Fonseca
No Mineirão, o torcedor alvinegro viu a conquista do Brasileiro de 1971, comandada por Telê e Dario, admirou a geração de Reinaldo, celebrou a Libertadores, sob a batuta de Ronaldinho, e outros títulos internacionais.
Ganhou duas Copas do Brasil – uma delas em cima do arquirrival Cruzeiro, festejou o bi do Brasileirão, agora conduzido por Hulk, além de colecionar Estaduais. Mas também passou por sofrimentos, como a perda do Brasileiro invicto em 1977, a seca de grandes conquistas por décadas e o rebaixamento em 2005.
De volta à capital em 2012, o Galo chegou a adotar o Independência como casa, em acordo comercial com a gestora do estádio. Fez de lá importante caldeirão na campanha da Libertadores de 2013.
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Atlético-MG no Independência, 2013 — Foto: Bruno Cantini/ Atlético-MG
A Arena MRV começou a ser construída em 20 de abril de 2020. O valor inicial da obras era R$ 410 milhões. Mas saltou para R$ 746 milhões, em agosto de 2023. Isso sem contar os R$ 335 milhões das contrapartidas, chegando a quase R$ 1,1 bilhão de preço total do empreendimento.
Uma casa com identidade visual e sinalização que apresentam elementos próprios do clube, no qual terá mais participações nas receitas, podendo explorar todas as propriedades, e com menos custos. O Atlético projeta faturar cerca de R$ 150 milhões brutos por ano. A capacidade da Arena é de aproximadamente 45 mil pessoas.