Água com pressão leva alívio ao ‘Sufoco’ e é uma nova realidade para moradores da Merendiba
Obra da Águas do Rio garante abastecimento regular a cerca de 300 pessoas no Complexo da Penha após anos de escassez
Durante décadas, na região conhecida como “Sufoco de Olaria”, que fica na comunidade Merendiba, no Complexo da Penha, conseguir água era um desafio diário. Aos pés do imponente Santuário da Penha, moradores enfrentaram o peso do nome, que revelava um pouco das dificuldades vividas ao longo dos anos de esquecimento social.
A água, quando vinha, era de madrugada: da 0h às 4h. Era nesse intervalo que famílias inteiras se revezavam para encher baldes e tonéis com o pouco que escorria das torneiras. Muitos precisaram adquirir bombas para tentar pôr fim ao sofrimento.
Mas esse tempo de escassez é página virada. Uma obra da Águas do Rio implantou cerca de 150 metros de rede na região, levando abastecimento contínuo e com pressão adequada para cerca de 300 pessoas. E o que antes era desespero virou alívio. O barulho das bombas d’água deu lugar ao som da torneira aberta.
Carlos Henrique, que há 18 anos vive no local, relembra os dias difíceis com um nó na garganta:
“A gente chegava a passar 20 dias sem uma gota d’água. Era muito sofrimento. Agora, temos água todos os dias.”
Ele também agradece aos profissionais envolvidos: “O pessoal da Águas do Rio fez um trabalho excelente. Agradeço de coração por olharem pela gente. Hoje temos água sempre. A gente pode tomar banho, beber água, viver com dignidade”, diz, emocionado.
Marcelo Fernandes, pedreiro e morador do local há 20 anos, foi um dos responsáveis por entrar em contato com a empresa para buscar uma solução para o sofrimento dele e de seus vizinhos. Ele guarda na memória os tempos de carregar baldes pendurados em pedaços de pau:
“Antes era bem precário. Já teve gente que carregava água nas costas, com baldes pendurados em madeira. Tinha dia que não caía uma gota. Agora, a água cai todo dia, é maravilhoso”, comemora.
Segundo José Bruno, coordenador de obras da Águas do Rio, a intervenção foi planejada após visitas técnicas e diálogos com a comunidade: “Percebemos de perto o sofrimento das famílias. A água chegava com baixa pressão e de forma intermitente, dificultando tarefas básicas como cozinhar ou tomar banho. Essa obra foi essencial para devolver qualidade de vida a quem mais precisava”, explica.
A obra que transformou a realidade do “Sufoco de Olaria” não é um caso isolado. Ela representa o compromisso da Águas do Rio com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua, transformando a vida das pessoas por meio dos serviços que melhoram a saúde, elevam a qualidade de vida da população e ainda geram impactos positivos para o meio ambiente. E transformações como essa são conduzidas por uma força de trabalho diversa e engajada: dos 8 mil funcionários da companhia, metade vem de comunidades do próprio estado — incluindo regiões como a Penha.
Hoje, o nome “Sufoco de Olaria” já começa a perder o sentido — substituído por um cotidiano mais leve, justo e digno.

