- Porto da Pedra
- Beija-Flor
- Salgueiro
- Grande Rio
- Unidos da Tijuca
- Imperatriz Leopoldinense
Porto da Pedra
A Porto da Pedra retornou ao Grupo Especial do Rio, 11 anos depois, ao vencer a Série Ouro em 2023. Em 2024, a volta cantou o enredo “Lunário Perpétuo: A profética do saber popular”, que explorava as influências do livro “Lunário” na cultura nordestina.
Na comissão de frente abriu o desfile com uma alegoria com holografias e uma dançarina “levitando” a 12 metros de altura presa pelos cabelos. Parte de uma estátua do primeiro chassi do abre-alas quebrou no meio da avenida.
A escola também teve problemas com a evolução entre os quinto e sexto carros, o que deixou um buraco entre alas. Na dispersão, uma mulher chegou a ser atingida por um dos carros. Apesar de tudo, a Porto da Pedra conseguiu encerrar sua participação sem estourar o tempo.
Beija-Flor
Quarta colocada no carnaval de 2023, a Beija-Flor trouxe um samba homenageando Maceió e Rás Gonguila, o “herdeiro” do trono imperial de um país da África, além de fundador do maior bloco de carnaval de Maceió na época.
Pelo 48º ano, o cantor Neguinho da Beija-flor veio interpretando o samba da agremiação, que fez uma viagem pelo carnaval de Alagoas.
A comissão de frente da escola chamou a atenção ao trazer dez integrantes formando um pião humano. Outro momento que empolgou o público foi o que trouxe as luzes do sambódromo piscando em sintonia com as batidas da bateria da escola durante o refrão do samba.
Salgueiro
O Salgueiro buscou seu 10º título na elite carioca com uma homenagem ao povo yanomami, inspirada pelo livro “A queda do céu – Palavras de um xamã yanomami”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. Em 2023, a escola ficou na sétima colocação.
Antes mesmo de entrar na Sapucaí, o Salgueiro emocionou o público ao lembrar de Quinho, seu intérprete por quase três décadas, que morreu em janeiro. Emerson Dias, seu substituto, começou o esquenta com o tradicional grito de guerra de seu antigo parceiro: “Pimba, pimba. Ai que lindo, que lindo”.
No desfile, cores e fantasias que narravam a união do povo indígena com a natureza. No chassi da frente do abre-alas, um grande jabuti “puxava” o carro. Essa relação também foi contrastada com os esforços yanomamis para impedir o extermínio de seus povos. No quinto carro, um indígena gigante era retratado nadando contra a corrente da destruição.
Grande Rio
A Grande Rio levou para a avenida um enredo baseado no mito tupinambá do livro “Meu destino é ser onça”, no qual passeia por histórias das nações indígenas brasileiras. Símbolo dessas narrativas míticas, a onça representa as disputas pela identidade.
Rainha de bateria da escola, Paolla Oliveira representou o animal para mostrar que toda mulher brasileira é uma guerreira poderosa. A cabeça da fantasia da atriz se destacava ao se movimentar, virar uma máscara luxuosa e transformá-la no bicho com olhos luminosos.
Um dos carros da escola, que tinha o cantor Xamã como destaque, apresentou problemas e precisou ser empurrado. A escola ainda colocou o público como parte integrante do desfile e distribuiu 55 mil pulseiras de LED que se iluminam durante os apagões, recurso muito explorado no desfile.
Unidos da Tijuca
A Unidos da Tijuca cantou o enredo sobre Portugal no enredo “O conto de fados” e buscou inspiração em obras como “Os lusíadas”, de Luís de Camões, e as gregas “Ilíada” e “Odisseia”, de Homero. Em seu desfile, a nona colocada de 2023 viajou pela história e lendas do país.
Na comissão de frente, com a ajuda de um cenário móvel, a escola contou a lenda da fundação de Lisboa, que envolve as figuras mitológicas gregas de Ulisses e da mulher metade cobra Offiusa.
A escola ainda homenageou outro grande mestre da literatura portuguesa no quarto carro, com uma grande estátua de José Saramago.
Atual campeã do carnaval do Rio de Janeiro, a Imperatriz Leopoldinense levou para a avenida um enredo homenageando a obra do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros e mostrando a força da cultura cigana e seus mistérios.
Alguns dos destaques da escola foram a comissão de frente, com uma coreografia dentro de uma fogueira, além de elementos cenográficos aéreos. Entre eles, um enorme balão, que representava a lua e carregava uma bailarina a cerca de 10 metros do chão.
A bateria contou com algumas batidas de samba de roda e fez alguns paradinhas durante o refrão, deixando os integrantes da escola e o público entoarem o samba.