Famivita traz dados sobre o autismo no Estado do Rio de Janeiro

Os resultados do estudo, baseados em respostas de mais de 2.500 participantes, revelaram que na região  pelo menos 90% dos participantes demonstraram ciência de que os sinais do autismo podem se manifestar desde o início da infância; 68% dos entrevistados revelaram saber que o Brasil abriga pelo menos 2 milhões de pessoas com autismo; e 72% das pessoas entrevistadas afirmaram conhecer pelo menos uma pessoa com autismo.

Além desses dados, o estudo também identificou uma discrepância de gênero no conhecimento sobre o autismo, em relação ao recorte dos integrantes da pesquisa no Brasil. Entre os homens, o conhecimento foi menor em comparação com as mulheres: em relação aos sinais precoces do TEA, 69% dos homens disseram dispor da informação, enquanto 84% das mulheres sabiam disso; 62% das mulheres estavam cientes que o País possui mais de 2 milhões de pessoas com autismo e apenas 43% dos homens se mostraram a par dessa prevalência; 54% dos homens apontaram conhecer ao menos uma pessoa com autismo, em contraste com 67% das mulheres.

Vale ressaltar a falta de dados precisos sobre o TEA no Brasil. A introdução do autismo no Censo do IBGE 2022 é um passo positivo para coletar dados mais precisos sobre o Transtorno no país. Atualmente, estima-se que o Brasil tenha 2 milhões de pessoas com autismo, um número que 61% dos participantes do estudo da Famivita estão cientes, especialmente aqueles entre 35 a 44 anos, com 65% de conscientização relacionada a isso.

Espera-se que o aumento nos saberes envolvendo o autismo leve a mais investimentos em pesquisa, diagnóstico precoce e apoio a indivíduos com Transtorno do Espectro Autista. A educação, tanto nas escolas quanto na sociedade em geral, desempenhará um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das pessoas com TEA.

Sobre o Transtorno do Espectro Autista

O TEA é um transtorno caracterizado por dificuldades na interação social, deficiências verbais e físicas, bem como padrões restritos e repetitivos de comportamento. A Organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 70 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com o Transtorno. A detecção precoce e o acesso a tratamentos e terapias apropriados são cruciais para o desenvolvimento de crianças com TEA.

A compreensão do autismo evoluiu ao longo das décadas, culminando na noção de “espectro”. Tal conceito reconhece que o autismo se manifesta de maneiras variadas em cada indivíduo. Em 2013, o DSM-5 abraçou oficialmente essa ideia, substituindo os distúrbios isolados da “família do autismo” por uma única categoria abrangente. Esse reconhecimento é fundamental para personalizar os tratamentos e o apoio a pessoas com autismo.