Frida Kahlo: entenda a influência da artista na moda, beleza e comportamento
Seja por sua arte singular ou maneira de levar a vida, Frida Kahlo se tornou uma das figuras mais emblemáticas do século XX. Sua personalidade a fez um símbolo de empoderamento, seu comportamento influenciou – e ainda influencia – gerações e seu estilo único de se vestir é reconhecido e replicado até hoje.
Nesta quarta-feira (6), para celebrar o aniversário da pintora mexicana, mergulhamos na sua história para entender o impacto e influência da artista na área da moda, na quebra de padrões de beleza e no comportamento.
Seja por sua arte singular ou maneira de levar a vida, Frida Kahlo se tornou uma das figuras mais emblemáticas do século XX. Sua personalidade a fez um símbolo de empoderamento, seu comportamento influenciou – e ainda influencia – gerações e seu estilo único de se vestir é reconhecido e replicado até hoje.
Nesta quarta-feira (6), para celebrar o aniversário da pintora mexicana, mergulhamos na sua história para entender o impacto e influência da artista na área da moda, na quebra de padrões de beleza e no comportamento.
“Uma vez, quando ela estava andando na rua, um menino a perguntou onde era o circo, ela sorriu e seguiu seu caminho”, conta Carla Coutinho, consultora de imagem e estilo. Segundo a especialista, essa história é apenas um exemplo que ilustra a criatividade de Frida em se tratando de estilo.
“Ela não tinha medo de ousar, usava acessórios típicos mexicanos em proporções grandes, com exagero e muita autenticidade. A moda reflete o estilo artístico da Frida com o típico estilo tehuano, que ganhou espaço na moda ocidental. As flores em adereços de cabeça, os maxi colares, brincos e símbolos de coração são peças marcantes da artista”, explica a consultora.
Frida, além de criativa e vibrante, se destacou também por nunca ter se afastado de suas raízes.
“Frida é a artista que mais representou a mulher latina na moda. Ela cuidava minuciosamente de todos os detalhes das suas indumentárias e nunca abriu mão de seu estilo mexicano, com peças principalmente de Oaxaca e da Guatemala”, esclarece a consultora.
“No comportamento, Frida trazia consigo um misto de santa, musa, amante, bissexual, vítima e sobrevivente, artista boêmia, única, rebelde e contraditória, vida e história carregadas de drama e coragem como as mulheres latinas”, define Carla.
Uma característica forte para a estética de Frida é a sobrancelha natural, cheia e junta, que não se rendeu ao design europeu da época, assim como as maquiagens coloridas e vibrantes, penteados com tranças e enfeitados com flores naturais ou em seda.
“Frida é a artista mais autêntica do mundo ocidental, um ícone, uma imagem muito bem definida, até os leigos reconhecem seu rosto pelos adereços e as sobrancelhas juntas.”
As flores, tranças e sobrancelhas de Frida se tornaram uma referência, mas Carla explica que é possível montar um look inspirado na artista sem parecer caricato.
Para isso, aposte em caimentos mais soltinhos, saia longa, bata, optando por um maxi colar ou brincão, compondo com pente de flor na cabeça, além de priorizar as cores preferidas de Frida: vermelho, verde, azul, preto e branco.
A moda como ferramenta
Aos 6 anos de idade, Frida foi diagnosticada com poliomielite. Aos 18, sofreu um acidente de ônibus voltando da escola, o que afetou gravemente sua coluna. Ao longo da vida, foram mais de 22 cirurgias pelo corpo, incluindo quando teve a perna amputada.
Apesar — ou, por conta disso — ela usava a moda para driblar os problemas de saúde:
“O visual tehuano foi criado por ela para disfarçar suas imperfeições físicas, escondendo a parte debaixo do corpo com saias compridas, criando o ponto focal na parte do tronco para cima, sempre extremamente enfeitado, bata feita com dois ou três tecidos e a cabeça com muitos adornos, além dos maxi brincos e maxi colares.”
Além disso, Frida não se rendeu à beleza considerada “tradicional” e aos padrões da época e, por isso, Carla destaca a coragem da artista em se expor como mulher mexicana e latina: “Ela alcançou o sucesso, quebrou estereótipos da época e, hoje, continua sendo inspiradora para todas as pessoas que não se sentem pertencentes ao padrão estético da moda.”
