Papa Francisco manifesta repulsa ao condenar queima do Alcorão na Suécia
O papa Francisco manifestou repulsa em relação à queima do livro sagrado muçulmano, o Alcorão, durante um protesto na semana passada próximo a uma mesquita de Estocolmo, na Suécia. O pontífice rejeitou permitir o ato sob o pretexto da liberdade de expressão.
Segundo o papa, qualquer livro considerado sagrado deve ser respeitado. Ele fez a declaração ao jornal Al Ittihad, dos Emirados Árabes Unidos, em entrevista publicada nesta segunda-feira (3). “Sinto raiva e nojo dessas ações. A liberdade de expressão nunca deve ser usada como um meio para desprezar os outros.”
A queima do Alcorão ocorreu na última quarta-feira (28) na Grande Mesquita de Estocolmo, no primeiro dos três dias da celebração muçulmana do Eid al-Adha, conhecida como a “festa do sacrifício”. Salwan Momika, um refugiado iraquiano de 37 anos, arrancou folhas de uma cópia do livro sagrado, limpou a sola de seus sapatos com elas e, então, queimou o livro.
No dia seguinte, Momika afirmou que não se arrependia do ato e que poderia repeti-lo. Em entrevista ao jornal sueco Expressen, ele disse que tinha noção das consequências do gesto e que havia recebido “milhares de ameaças de morte”.