Homem que morreu em desabamento no Morro da Cotia visitava família

Dez pessoas moravam na casa de três andares que desabou, na noite desta segunda-feira, no Morro da Cotia, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. Uma delas, identificada como Daniel, era amigo da família, fazia uma visita aos donos do imóvel e morreu. Outras oito pessoas foram hospitalizadas. Técnicos da Defesa Civil municipal interditaram três imóveis e seguem no local.

Os feridos foram levados para os hospitais municipais Souza Aguiar e Salgado Filho e para o Hospital federal do Andaraí. Uma menina de 2 anos, Vitória B. Eduarda, de 21, e um garoto de 5 foram levados para o Souza Aguiar. Rafael Suzano, de 36 anos, um menino de 1 ano, uma adolescente de 17 foram atendidos no Salgado Filho. Rafael já teve alta.

No Hospital do Andaraí estão uma mulher identificada como Rosilene e uma garota de 5 anos. O corpo de Daniel foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (ML).

Carlos Magno mora no imóvel vizinho ao que desabou e ajudou no socorro às vítima até a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros.

— Foi de repente. Do nada a casa caiu e as pessoas começaram a gritar por socorro. A gente foi ajudar — contou, lembrando que ajudou uma mulher e uma criança a sair dos escombros.

Ele teve o imóvel em que vive interditado e passou a noite na casa da avó:

— Agora estou esperando a vistoria (da Defesa Civil) para saber como ficarão as coisas.

A Secretaria municipal de Assistência Social (SMAS) informou que ao menos três famílias foram afetadas pelo desabamento, impactando 21 pessoas — dez adultos, três adolescentes, seis crianças e dois lactantes. Três imóveis foram atingidos. As duas famílias dos imóveis vizinhos ao que ruiu estão desalojadas e foram para casas de parentes na própria comunidade.

A SMAS informou que continuará com o atendimento nesta terça-feira “para identificação correta do número de núcleos familiares existentes”. Ainda conforme a Secretaria, a pessoa que morreu já foi identificada e seus parentes, localizados.

Emoção em resgate de criança

Num dos registros do resgate é possível ver o momento em que uma criança é retirada dos escombros. Um dos bombeiros a pega nos braços e a entrega a outro agente que está do lado, que a passa para um terceiro militar. Próximo ao ponto, é possível ouvir um homem repetindo “Glória a Deus”. Um outro grita: “Abre espaço! É criança”. Outras pessoas continuam a comemorar e é possível ouvir o som de aplausos.

Com cuidado, um bombeiro caminha com a criança nos braços sobre os escombros amparado por outros que dão apoio. Ao passar por entre as pessoas que acompanhavam o resgate, o agente é aplaudido.

Por volta das 22h todas as vítimas já haviam sido encontradas.

A operação de resgate no local contou com mais de 60 militares, com apoio de cães farejadores. Bombeiros de dez quartéis atuaram no socorro, incluindo especialistas do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS), cães de busca e resgate do canil da corporação e drones.

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