26 de dezembro de 2025
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Condenado por trama golpista, ex-diretor da PRF é preso no Paraguai após tentativa de fuga

Silvinei Vasques rompeu a tornozeleira eletrônica e deixou o Brasil sem autorização

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques foi preso na madrugada desta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador.

Ele rompeu a tornozeleira eletrônica em Santa Catarina, deixou o Brasil sem autorização judicial e seguiu para o Paraguai. Assim que o rompimento do equipamento foi identificado, foram disparados alertas nas fronteiras e acionada a adidância brasileira no país vizinho.

Silvinei utilizava um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à sua identidade. Ao tentar sair do aeroporto, o ex-PRF foi abordado e preso pelas autoridades.

Após a detenção, ele foi identificado, colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai e deve passar por audiência de custódia ainda nesta sexta. Na sequência, deverá ser entregue às autoridades brasileiras.

Na semana passada, Silvinei foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na tentativa de golpe de Estado liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o STF, Silvinei teria coordenado o emprego das forças policiais para dificultar que eleitores  no Nordeste, que possivelmente votariam no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chegassem a seus locais de votação no dia do segundo turno das eleições de 2022.
Depoimentos de testemunhas relatam que Silvinei teria dito que “era hora de a PRF tomar um lado”.

Os ministros do Supremo também citaram a “inércia criminosa” do então diretor-geral da PRF durante os bloqueios de rodovias por caminhoneiros após as eleições.

“A PRF cruzou os braços para a paralisação de inúmeras rodovias federais, usadas para transporte de alimentos, de medicamentos… mas ele simplesmente não desobstruía. Foi necessário uma determinação minha”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, em voto.

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