Augusto Heleno deixa Comando Militar para começar a cumprir prisão domiciliar determinada por Moraes
Segundo decisão de ministro, todos os documentos de porte de arma de fogo e de CAC de Heleno serão suspensos e ele só poderá receber visitas de seus advogados e médicos, além de pessoas autorizadas pelo STF.
O general Augusto Heleno deixou, na noite desta segunda-feira (22), o Comando Militar do Planalto para começar a cumprir prisão domiciliar, segundo apuração da TV Globo.
O novo regime foi concedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) também nesta segunda-feira (22). A decisão que afeta o condenado pela trama golpista determina o uso de tornozeleira eletrônica.
Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), alegou, durante o exame de corpo de delito feito após ser preso, que teve um diagnóstico e convive com Alzheimer desde 2018. A defesa de Heleno fez então um pedido de prisão domiciliar, por conta do quadro.
Em nota, o advogado de Heleno afirmou que “a decisão representa o reconhecimento da necessidade de observância dos direitos fundamentais, especialmente o direito à saúde e à dignidade da pessoa humana” (leia a nota na íntegra abaixo).
O general também terá que entregar todos os passaportes, terá todos os documentos de porte de arma de fogo e de CAC suspensos e só poderá receber visitas de seus advogados e médicos, além de pessoas autorizadas pelo STF.
Heleno está ainda proibido de manter qualquer comunicação por meio de “telefones, aparelhos celulares ou utilização de redes sociais”.
➡️ O ex-ministro do GSI foi condenado por integrar o “núcleo crucial” de uma organização criminosa, liderada pelo ex-presidente Bolsonaro, que buscou promover um golpe de Estado para mantê-lo no poder, apesar da derrota nas urnas. Heleno foi sentenciado a cumprir 21 anos de pena.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/B/U/lvHUF6T1mzkjLoiJpLMg/54580120469-9480c0ec67-o.jpg)
Augusto Heleno durante interrogatório na Primeira Turma do STF — Foto: Foto: Ton Molina/STF

