15 de dezembro de 2025
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Com mais de 60 mil cirurgias e exames, mutirão é o maior da história do SUS, diz Padilha

Com mais de 100 mil atendimentos e 60 mil cirurgias e exames, o Governo do Brasil realizou o maior mutirão da história do Sistema Único de Saúde (SUS) neste fim de semana. Foi o que afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o programa Bom Dia, Ministro desta segunda-feira (15/12), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

A iniciativa do programa Agora Tem Especialistas reuniu 188 hospitais, entre Santas Casas e outras entidades filantrópicas de todo o país, que, de forma inédita, se somaram esforços aos hospitais universitários da Rede Ebserh e aos hospitais e institutos federais ligados ao Ministério da Saúde.

Esse fim de semana foi um fim de semana histórico para o SUS porque a gente, de fato, realizou o maior mutirão da história do SUS. Nunca foram feitos tantas cirurgias eletivas, aquelas que não são de urgência”, disse o ministro

“Então, sábado e domingo, normalmente, o hospital só funciona na sua parte de urgência. Mobilizaram todos os profissionais para que a gente pudesse operar pessoas que estavam há meses, algumas até anos esperando. Quando a gente pega tudo que teve de atendimento, foram mais de 100 mil atendimentos, cerca de 60 mil entre cirurgias e exames complexos que têm que ser feitos dentro do espaço hospitalar. Então, foi uma grande mobilização e não é só uma ação pontual”.

O Agora Tem Especialistas tem o objetivo de ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias, numa parceria com estados e municípios. A iniciativa usa a estrutura de saúde do país, pública e privada, para aumentar a capacidade de atendimento nas redes locais. O programa tem levado carretas de saúde da mulher para diversos municípios e estados, além de inauguração de centros e equipamentos essenciais para pacientes oncológicos.

O programa prevê o credenciamento de clínicas e hospitais privados e filantrópicos para atendimento em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. O objetivo é aumentar em até 30% os atendimentos e reduzir a espera em policlínicas, UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), ambulatórios e salas de cirurgias.

“A gente está fazendo três grandes mutirões nacionais por ano, mas ao longo do ano nós criamos pelo Agora Tem Especialistas uma tabela, um valor diferente. A tabela do Agora Tem Especialistas chega a ser duas, três vezes maior do que a antiga tabela SUS. Isso estimula os estados, municípios e hospitais filantrópicos a se organizar, contratar as equipes para fazer essas cirurgias”.

E, além disso, tem uma novidade do Agora Tem Especialistas, que são hospitais privados de plano de saúde, que não atendiam pelo SUS. Eles podem trocar suas dívidas ou reduzir pagamento de impostos se eles fizerem mais cirurgias, mais exames, abrir as portas para o SUS. Isso está crescendo, reduzindo esse tempo de espera de quem está aguardando há tanto tempo para o atendimento”, explicou Padilha

Segundo o ministro, o próximo mutirão do Agora Tem Especialistas vai ser realizado em março de 2026, com foco na saúde da mulher.

“Tem muitas mulheres que esperam para uma cirurgia de mioma, de endometriose, cirurgias para definir o diagnóstico do câncer, cirurgias de problema de incontinência urinária, que esses mutirões podem rapidamente cuidar desses casos, fazer uma mobilização muito forte, ocupando os hospitais que sábado e domingo normalmente só atendem urgência, poder também fazer essas cirurgias eletivas”, afirmou Padilha.

Carretas

Em outra ação do Agora tem Especialistas, 39 carretas do programa voltadas para saúde da mulher, de exames de imagem e oftalmológicas levam atendimento especializado em todo o Brasil, principalmente em áreas de difícil acesso, com grande demanda por assistência especializada e pouca estrutura de saúde.

“Aqui no DF (Distrito Federal) a gente teve uma experiência muito positiva com as carretas do programa Agora Tem Especialistas. A primeira edição delas ficou em Ceilândia. Mulheres puderam fazer mamografia, biópsia para o diagnóstico do câncer, ultrassom, que estavam esperando há muito tempo para fazer esse exame, exames do câncer do colo de útero. Ficou lá 30 dias e atendeu centenas de mulheres”, disse o ministro.

Assista à íntegra do Programa Bom Dia, Ministro

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